Família Vieira sofre ameaças por disputa de terras, em Riacho Doce

Herdeiros buscam na Justiça defender seus direitos de posse

Reprodução/Cortesia

A família Vieira, residente no bairro de Riacho Doce, em Maceió, está vivendo em clima de medo e insegurança devido a uma série de ameaças anônimas recebidas nos últimos meses. As intimidações, que se intensificaram desde o início da disputa por terras na região, já foram denunciadas à polícia e geraram grande apreensão entre os membros da família.

A história da disputa remonta à década de 1960, quando Manoel Vieira da Silva e Maria Brasil da Silva adquiriram os terrenos em questão, conforme documentação registrada no 1º Registro de Imóveis e Hipotecas de Maceió. Desde então, a família reside e trabalha nas terras, dedicando-se à agricultura familiar.

Em 2023, um dos herdeiros da família procurou o 6º Distrito Policial, em Cruz das Almas, para registrar um boletim de ocorrência relatando as ameaças que os moradores do Sítio Merenda, estavam recebendo. Segundo o relato, as intimidações se intensificaram após a família se envolver em um processo de desapropriação dos terrenos.

A disputa se agravou com a entrada da empresa Norcon, Sociedade Nordestina de Construções S/A, no processo, que alega ser dona das terras e move um processo de reintegração de posse na 29ª Vara Cível da Capital – Conflitos Agrários, Possessórias e Imissão na Posse. A família Vieira, faz parte do processo como terceira, e comprova a posse das terras há mais de 50 anos com vasta documentação.

Diante das ameaças e da disputa judicial, a família Vieira se mantém firme na defesa de seus direitos. “Vamos lutar até o fim para que a justiça seja feita”, afirma Natalício Vieira, representante da família.

“Não estamos querendo tirar os direitos de ninguém, mas sim preservar os direitos da nossa família que está em posse dessas terras há mais de cinco décadas. Esperamos que a justiça reconheça a legitimidade do nosso pleito”, completa.

O caso segue na Justiça e a família Vieira busca todas as medidas cabíveis para garantir a segurança e defender seus direitos de posse. A comunidade local se solidariza com a família e acompanha de perto o desdobramento da situação, cobrando das autoridades medidas para coibir as ameaças e garantir a resolução justa do conflito.

/Assessoria

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