Estatal árabe desiste de comprar parte da Braskem e faz ações desabarem

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Redação*

A Adnoc, petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos, desistiu de avaliar a compra que faria de parte da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem, conforme notícia confirmada nesta segunda-feira (6).

Com isso, a possibilidade de venda de 38% do capital total (e 50,1% do capital votante) da petroquímica voltou à estaca zero de novo. Além disso, a notícia fez as ações da Braskem desabarem praticamente 15% no pregão da Bolsa de Valores.

A expectativa de que a venda da participação finalmente avançasse impulsionou as ações da Braskem no início do ano. Em especial depois do encontro entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o CEO da Adnoc.

A estatal possui 47% do capital com direito a voto da petroquímica e tem direito de preferência de compra da participação da Novonor, que possui 50,1% das ações. Após a desistência dos árabes, a antiga Odebrecht informou que segue comprometida com a venda da participação.

Dificuldade
A Braskem (BRKM5) já foi apontada como a joia da coroa do que um dia foi o império da Novonor (antiga Odebrecht). Mas a venda da participação que o grupo detém na petroquímica vem se revelando um negócio cada vez mais complexo.

Vários nomes já anunciaram o interesse na Braskem. Entre eles, a Unipar e a J&F, holding que controla a gigante alimentos JBS.

Mas quem até o momento chegou mais perto de avançar nas negociações foi a Adnoc. Em novembro, a petrolífera dos Emirados Árabes avaliou a participação em R$ 10,5 bilhões. A proposta equivale a um valor presente de R$ 37,30 por ação, de acordo com cálculos feitos na época pelo BTG Pactual.

A Braskem não informa as razões pelas quais a Adnoc desistiu do negócio. Mas depois da proposta houve o agravamento do caso do afundamento dos bairros em Maceió, onde a empresa mantinha uma operação de extração de sal-gema.

*com Agências

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