Moradores dos Flexais se revoltam após não receberem visita da CPI

Agência Brasil

Redação (Atualização ao fim da matéria)

Moradores e integrantes de movimentos das vítimas da Braskem estão indignados com a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) após a região dos Flexais não ter sido visitada durante a fiscalização nesta quarta-feira (8).

A princípio, todos os bairros e locais diretamente afetados e as bordas do mapa de realocação seriam contemplados com a inspeção, mas os Flexais e o Bom Parto foram ignorados. A justificativa seria o tempo curto para tantos compromissos.

No caso, os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Rogério Carvalho (PT-SE) e Rodrigo Cunha (Podemos-AL) estiveram na Defesa Civil de Maceió, na central de monitoramento da Braskem, no Pinheiro e encosta do Mutange, finalizando as atividades no Ministério Público Federal.

Em entrevista ao grupo Folha de Alagoas, um dos líderes do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB), Alexandre Sampaio, questionou esse desprezo, mas disse esperar que isso se corrija com a anulação dos acordos firmados entre os órgãos públicos e a Braskem.

“A CPI vir a Maceió e não visitar o Bom Parto e os Flexais é a mesma coisa que ficar em Brasília. Acho que a CPI deu uma demonstração simbólica de que não está preocupada com as pessoas afetadas para além das bordas do mapa”, disse.

“Que os documentos que a CPI conseguiu ajudem a criminalizar a Braskem. Há um acobertamento do processo de criminalização e responsabilização penal da empresa”, completou Alexandre, em apelo.

Atualização

Após apelo e pressão das vítimas, uma equipe do Senado foi, de última hora, aos Flexais fazer a esperada visita. Lá, conversou com os moradores e observou os problemas causados à região.

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