A Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) adotou quarentena no Presídio de Segurança Máxima de Maceió (PSMM) após a confirmação de sete casos de catapora (varicela). A ação veio como forma de evitar a contaminação em massa e garantir o atendimento necessário aos reeducandos infectados.
Embora não haja número expressivo de pessoas contaminadas e nenhum caso notificado entre servidores e os policiais penais, por precaução, estão cumprindo a quarentena 26 reeducandos, sete com confirmação da doença e 19 porque tiveram contato com esses custodiados, mas não apresentam sintomas.
Dentre os sete diagnosticados com varicela, três já vinham sendo monitorados pela equipe de Saúde da Seris e, de imediato, seguindo quarentena. Os outros quatro passaram ao isolamento após o fechamento do diagnóstico no último dia 14.
Atualmente, o Presídio conta com uma população carcerária de 978 pessoas privadas de liberdade, número bem superior à quantidade de reeducandos em quarentena.
Na quinta-feira (16), os 19 custodiados sem sintomas da doença foram vacinados pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). Além da imunização, a Gerência de Saúde da Seris adotou de imediato outras medidas de segurança, todos os servidores e policiais penais que transitam na unidade estão fazendo uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), como máscaras e luvas.
Segundo a supervisora da Gerência de Saúde da Seris, Elicélia Cavalcante, tudo que está sendo feito é, na verdade, uma forma de ter um controle da doença.
“Todos os cuidados adotados pela Saúde do sistema prisional estão sendo motivados por questões preventivas. Não temos nenhum outro caso, além dos sete, com sintomas ou sinal da doença e a prevenção é para evitar a proliferação, porque a catapora é altamente contagiosa”, afirma a supervisora.
Além das ações para reduzir o contágio, de acordo com o ouvidor da Seris, Carlos Palagani, as visitas e atendimento externo seguirão suspensos por 30 dias, período em que a unidade estará em isolamento. Contudo, estão mantidas as atividades essenciais para o funcionamento do PSMM, como o translado de alimentação e qualquer outra atividade essencial.
Palagani esclarece que a suspensão das visitas presenciais não irá afetar o acesso dos parentes as informações de pessoas custodiadas nessa unidade. Havendo o canal da ouvidoria e também o serviço social do Presídio.
“Pensando na segurança dos visitantes e no controle da doença, as visitas permanecem suspensas. Contudo, o atendimento da ouvidoria continua normalmente, resguardando, assim, os direitos dos custodiados e de seus familiares”, esclarece o ouvidor.
Segundo Palagani, em mais uma ação preventiva, a ouvidoria aconselhou o Tribunal de Justiça a suspender as audiências, impedindo a disseminação da doença entre os servidores da Seris e da Justiça.
/Ascom Seris