Seminário Estadual de Combate à LGBTfobia acontece nos dias 23 e 24

Foto: Ascom Semudh

O Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh), promove, nesta quinta (23) e sexta-feira (24), no Palácio República dos Palmares, o Seminário Estadual de Combate à LGBTfobia. O evento vai contar com debates sobre a efetivação de direitos, criação de políticas públicas, acesso à cidadania, educação e saúde, entre outras temáticas que impactam direta e indiretamente a comunidade.

Personalidades importantes do movimento LGBTQIA+ estadual e nacional participarão da iniciativa. Além da secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria Silva, do gerente de articulação e Monitoramento das Politicas LGBTQIA+ da Semudh, Messias Mendonça e do deputado estadual Ronaldo Medeiros, o assessor especial do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Nilmário Miranda, farão parte do elenco de palestrantes.

A Marcha de Combate à LGBTfobia de Alagoas entra na programação de ações. Este ano acontece a 13ª edição e abordará o tema “Por Todas as Famílias”, celebrando a diversidade, a igualdade e o respeito à população LGBTQIA+. A mobilização é realizada pelo Grupo Gay de Maceió (GGM) e tem o apoio do Governo do Estado, por meio Semudh e da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas (Secult).

O prêmio Guerreiros da Diversidade está em sua terceira edição e também faz parte das atividades da Marcha Estadual de Combate à LGBTfobia. Neste ano, a homenagem acontecerá durante as atividades da marcha e promoverá a visibilidade de artistas LGBTQIA+.

A Ditadura Militar foi um dos períodos mais sombrios da história do Brasil, onde a reivindicação da democracia e a efetivação da justiça e dos direitos humanos viraram pretexto para a perseguição política, tortura e violência. Um dos ativistas mais marcantes da época foi o jornalista mineiro Nilmário Miranda, que, pela sua luta contra as atrocidades do regime instaurado pelas Forças Armadas, foi um preso político. Após ser solto, em 1976, continuou engajado em atos contra a ditadura.

Seu histórico de ativismo vai além da luta contra o regime militar e combate à tortura. Ele também dedicou a sua vida à atividade política, estando presente no processo de fundação do Partido dos Trabalhadores em Minas Gerais. Foi deputado estadual e federal, além de ter sido o primeiro ministro de Direitos Humanos, integrando o primeiro governo Lula.

Atualmente é assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), atuando na Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e na Comissão de Anistia.

Nilmário Miranda iniciará a sua agenda em Maceió na quinta-feira (23), como palestrante magno, ao lado da coordenadora da Diversidade do município de São Paulo, Leonora Áquila, na sexta edição do Seminário Estadual de Combate à LGBTfobia. Na ocasião, falará sobre o tema “Conquista dos Direitos da População LGBTQIAP+ de Alagoas”. O evento acontecerá no Auditório Aqualtune e compõe as atividades da 13ª Marcha LGBT+ de Alagoas, que ocorrerá no domingo (26).

Durante o seminário, Nilmário e Leonora Áquila serão agraciados com o Prêmio Guerreiros da Diversidade, que reconhece personalidades e entidades de destaque no enfrentamento à LGBTfobia, na promoção da diversidade e luta pelos direitos da comunidade.

Já na sexta-feira (24), o assessor especial do MDHC fará o lançamento do seu livro “Por Trás das Chamas: mortos e desaparecidos políticos – 60 anos do golpe de 1964”. O evento acontecerá no auditório do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), às 19h.

O livro “Por Trás das Chamas: mortos e desaparecidos políticos  – 60 anos do golpe de 1964” é fruto de uma parceria entre Nilmário Miranda, o jornalista Carlos Tibúrcio e o poeta Pedro Tierra. Ele narra nove histórias de vítimas da ditadura militar e as suas lutas pela democracia.

A obra trás à tona práticas nazistas da ditadura e outros relatos sobre memória, verdade e justiça. Segundo Nilmário, o livro se trata de uma “intervenção política e pedagógica” para trazer à tona os horrores cometidos no regime àqueles que o vivenciaram, assim como desconstruir narrativas que glorificam o período de opressão. Portanto, a publicação se apresenta como uma poderosa ferramenta de resistência e conscientização e lança luz sobre uma das épocas mais sombrias da história brasileira.

/Ascom Semudh

Sair da versão mobile