Escrivã da Polícia Civil de Alagoas desviava R$ 40 mil para cada parente

Reprodução

Redação

A escrivã da Polícia Civil de Alagoas, presa junto a outros seis parentes em operação no dia de ontem (26), estava desviando nos últimos tempos cerca de R$ 40 mil por mês para cada familiar envolvido no golpe.

O rombo nos cofres públicos em 10 anos já ultrapassava R$ 7,5 milhões, sendo R$ 1 milhão mais recentemente, quando houve a intensificação da fraude sobre a alimentação de policiais.

Concursada desde 2014, ela comandava o esquema junto ao marido, que é sargento da Polícia Militar de Alagoas e que também foi preso. Ela cadastrou a avó, a mãe, três irmãos, o próprio filho, além de familiares do esposo.

No caso, a servidora era a única responsável por adicionar as verbas de alimentação dos policiais e, nisso, incluía a família, que não tem ligação com a instituição. A cada refeição em regime de plantão é pago R$ 32, valor indenizado pelo Estado no fim do mês.

A escrivã que ganha atualmente R$ 6 mil líquidos de salários, obteve, na média, durante todo o esquema, mais de R$ 62 mil por mês. Além da prisão, foi aberto um procedimento administrativo que deve resultar na demissão da servidora pública.

No mandado de busca e apreensão, foram apreendidos sete carros, sendo três de luxo, joias, escrituras de imóveis, celulares, notebooks, relógios, ipads e maquinetas.

Os suspeitos irão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e inserção de dados falsos em sistema de informação. As penas podem chegar a 44 anos de cadeia.

Atualização
Na audiência de custódia realizada hoje (27), a Justiça determinou a soltura de três dos sete acusados presos. No caso, foram soltas as mulheres da família, com exceção da escrivã, que liderava o esquema. Além dela, ficaram presos o marido sargento da PM e mais dois familiares homens.

Sair da versão mobile