Bolsonaro é indiciado pela PF por venda de joias e falsificação em cartão de vacinas

Redação*

A Polícia Federal decidiu, nesta quinta-feira (04), indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos inquéritos sobre a venda e a recompra de presentes recebidos pelo ex-presidente em viagens oficiais e no que apura a suposta fraude nos cartões de vacinação da família de Bolsonaro em 2022.

O documento do inquérito sobre a venda e recompra de joias está sendo finalizado e deverá ser enviado em breve ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF aponta a existência de uma organização criminosa no entorno de Bolsonaro que supostamente atuou para desviar joias, relógios, esculturas e outros itens de luxo recebidos por ele como representante do Estado brasileiro.

Além da suposta participação de Bolsonaro no esquema, a PF apura também se também houve o envolvimento de aliados do ex-presidente, como os advogados Frederick Wassef e Fabio Wajngarten, e os ex-assessores Mauro Cid e Marcelo Câmara.

Além da suposta participação de Bolsonaro no esquema, a PF apura também se também houve o envolvimento de aliados do ex-presidente, como os advogados Frederick Wassef e Fabio Wajngarten, e os ex-assessores Mauro Cid e Marcelo Câmara.

No acordo de cooperação internacional firmado com o Federal Bureau of Investigation (FBI), o Departamento Federal de Investigação, inclusive, a PF recebeu uma troca de emails que mostra Cid informando a loja americana sobre a recompra do relógio que seria feita por Wassef.

Ao comparecer à PF para prestar depoimento sobre o caso, Bolsonaro optou por ficar em silêncio. Em outras ocasiões, o ex-presidente negou ter ordenado ou participado de negociações sobre as joias.

Também à PF, Wassef confirmou ter recomprado o relógio e Câmara também optou por ficar em silêncio. Cid firmou um acordo de colaboração premiada em que dá detalhes do suposto esquema. Já Wajngarten informou à imprensa ter atuado tão somente na área de comunicação.

Na Operação Venire, que investiga a fraude nos cartões de vacina, um dos alvos é Washington Reis (MDB), secretário estadual de Transportes do Rio e ex-prefeito de Duque de Caxias.

Na atual fase da operação, são cumpridos mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), contra agentes públicos vinculados ao município de Duque de Caxias (RJ), que seriam responsáveis por viabilizar a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid nos sistemas de informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

/com Metrópoles e O Globo

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