Caixa cobra ressarcimento de R$ 75 mil por exposição com Lira no lixo

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A Caixa Econômica Federal cobra ressarcimento de R$ 75 mil referente à primeira parcela paga para realização da exposição “O Grito!”. A mostra foi cancelada no ano passado após uma obra causar polêmica ao mostrar uma foto do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em lata de lixo envolta na bandeira do Brasil.

Segundo a Caixa, o processo administrativo contra a empresa Iara Machado, responsável pela exposição, foi concluído. A informação foi revelada pela jornalista Danielle Brant, da Folha de São Paulo.

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Após análise de recurso e finalização dos trâmites, a Caixa decidiu cobrar os R$ 75 mil pagos — de um total de R$ 250 mil.

O banco também rescindiu unilateralmente o contrato e sancionou a empresa com a suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a instituição financeira pelo prazo de seis meses.

Inicialmente, a informação constava em um acórdão de 3 de julho do Tribunal de Contas da União (TCU) após representação protocolada pela deputada federal bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC).

A parlamentar solicitou à corte a apuração de possíveis irregularidades na Caixa relacionadas ao patrocínio da mostra cultural.

A obra com a imagem de Arthur Lira e chama “Coleção Bandeira”, de autoria de Marília Scarabello. Além do presidente da Câmara, também eram retratados o ex-ministro Paulo Guedes (Economia) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) em uma lata de lixo estampada com a bandeira do Brasil.

A exposição foi cancelada após pressão de deputados e senadores bolsonaristas. O relator no TCU foi o ministro Jhonatan de Jesus, ex-deputado federal e aliado de Lira.

Na representação enviada ao tribunal de contas, a deputada Júlia Zanatta afirma que a obra “continha exposição da coleção ‘Bandeira’, com estampas adulteradas da Bandeira do Brasil, imagens de pessoas públicas em situações vexatórias, apologia às drogas e promoção de partidos políticos”.

/ICL

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