Redação
Alguns políticos de Alagoas questionaram, através das redes sociais, o resultado da eleição na Venezuela que consagrou a reeleição de Nicolás Maduro à presidência do país. A falta de transparência é o principal ponto demandado por diversos governos no mundo, inclusive o brasileiro.
Vereador por Maceió, Leonardo Dias (PL) disse que não havia feito, pré-pleito, nenhuma postagem sobre a Venezuela para não ser o pessimista da história, mas que já previa tal resultado conturbado.
“A verdade é que mesmo que a oposição levasse 90% da população para as ruas, as urnas chancelariam a vitória de Maduro. E quem contestar as urnas por lá, claro, será devidamente preso”, disse o edil.
Também do PL, o deputado estadual Cabo Bebeto disse que a história se repete, com um governo sem apoio popular. “Ditadores são incapazes de viver a democracia e reconhecer a vontade do povo. Lamento o momento que os irmãos venezuelanos estão passando”, opinou.
O resultado oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) apontou que Maduro teve 51,2% dos votos contra 44,2% do oposicionista Edmundo González Urrutia. No Brasil, o Itamaraty destacou o caráter pacífico da jornada eleitoral, mas que aguarda, por transparência, a publicação dos dados por mesa de votação.
De outra ponta ideológica, o senador Renan Calheiros (MDB) cobrou transparência absoluta: “A nota do Itamaraty traduz com precisão a posição brasileira sobre as eleições na Venezuela. É necessário complementar os dados inafastáveis da transparência eleitoral, pré-requisito para legitimidade do pleito”.
Já o deputado federal Alfredo Gaspar (União) classificou a situação como “vergonha”, enquanto a deputada estadual Cibele Moura (MDB) disse que é lamentável o que vem ocorrendo na Venezuela: “Muito triste presenciar ditaduras se perpetuando no poder”.