Trabalhadores do Veredas paralisam parte dos serviços por atrasos salariais

Pacientes renais tem atendimento prejudicado devido à má gestão da unidade hospitalar

Reprodução

Os profissionais da enfermagem do setor de nefrologia do Hospital Veredas estão promovendo, desde cedo nesta quinta-feira (1º), uma paralisação parcial das atividades por atrasos salariais e outros direitos.

Eles reivindicam o pagamento de três meses de salários em atraso, o 13º do ano de 2022, além do pagamento do complemento do piso salarial nacional da enfermagem, recurso federal enviado ao hospital e que está atrasado desde o mês de maio.

Diante da suspensão parcial dos serviços, os pacientes renais estão tendo atendimento prejudicado. Pacientes que faziam 4h de diálise estão tendo seu atendimento reduzido pela metade. Mais cedo, os familiares dos pacientes procuraram o setor de ouvidoria da unidade, mas o órgão estava fechado.

Um grupo de trabalhadores está, neste momento, na porta da direção da unidade dentro do prédio cobrando um posicionamento. Os pacientes estão se alimentando na principal recepção do hospital, que embora tenha sido notificado diversas vezes, não deu qualquer retorno aos profissionais.

Bloqueio
O Tribunal Regional do Trabalho em Alagoas determinou, na última segunda-feira, o bloqueio das contas do Hospital Veredas para pagamento de dívidas com os trabalhadores que processaram o hospital.

O juiz determinou o bloqueio das ações de execução de cerca de 500 processos, de profissionais que foram demitidos ou que entraram com pedido de demissão indireta.

Assembleia
Para cumprir os requisitos legais na determinação de greve sem prejudicar os trabalhadores, o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Alagoas (Sateal) convoca os profissionais para assembleia geral na próxima segunda-feira (05), a partir das 10 horas, na sede da entidade.

“É necessário cumprir um ritual legal para promover a greve sem causar ainda mais prejuízos aos profissionais. É preciso ainda que todos os setores da unidade façam a paralisação dos serviços, para a empresa sentir a dimensão do problema”, destaca o presidente, Mário Jorge.

/Redação, com Assessoria

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