Criar reserva ambiental em área afetada pela Braskem é golpe, diz movimento

Reprodução/Arquivo

Redação

O Movimento pela Soberania Popular na Mineração em Alagoas classificou como “grande golpe” o projeto de lei que vai transformar a área afetada pela Braskem em Maceió numa reserva ambiental e florestal.

A proposta, do deputado Francisco Tenório (PP), foi aprovada em primeira discussão durante esta semana. Para o movimento, o PL se trata de mais uma tentativa de legitimar a titularidade da Braskem sobre a área explorada.

“O que se apresenta como ser algo positivo é um grande golpe pra cidade e pra população, o que chamamos de “lavagem de dinheiro verde”, a prática de greenwashing tão querida pelas grandes corporações”, diz o movimento.

“Mesmo o projeto de lei sendo aprovado, a titularidade sobre a área continua sendo da Braskem. E o IMA [Instituto do Meio Ambiente] inoperante frente aos diversos crimes ambientais também não tem recursos e condições de gerência de uma área tão ampla e num contexto tão complexo”, emenda.

Para a entidade, a proposta ajudaria a Braskem em manter a falsa imagem de preocupação com o meio ambiente, lembrando que a empresa não indenizou as vítimas, mas sim comprou os imóveis por valores irrisórios, acumulando a titularidade das propriedades, assim como fez no acordo com o Município.

“Além disso, há outros agravantes que é o projeto de lei ignorar o Plano Diretor de Maceió e o de não ter tido nenhuma discussão prévia com a população afetada. A titularidade deve ser devolvida às suas vítimas, essa era a primeira coisa a ser feita”, explica em nota.

“Para os atingidos pelo crime da Braskem é um grande golpe armado pra população, onde a Braskem irá lucrar com seu próprio crime como se não bastasse os 6 anos de impunidade e de massacre de suas vítimas”, finaliza o texto.

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