Leonardo Ferreira
Alguns presos pela invasão aos Poderes em Brasília no ano passado, no chamado 8 de janeiro, estão se candidatando em diversos municípios pelo país. Em Maceió, Elizabete Braz da Silva, que foi detida e agora usa tornozeleira eletrônica, é postulante à Câmara de Maceió.
Nas urnas, ela usará o nome de Bete Patriota. No entanto, apesar de se dizer conservadora e apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, sua candidatura não será pelo PL ou legenda próxima, mas sim, pelo MDB, sigla alinhada a Lula (PT).
O nome de Elizabete Braz da Silva consta na lista de 1.138 pessoas presas pelo ataque aos prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme divulgado pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap-DF), após decisão da Justiça.
Os lemas de Bete Patriota, segundo seu perfil, onde predomina as cores da bandeira do Brasil, são: Deus, pátria, família e liberdade. Também mostra conteúdos antiaborto e contra drogas.
Em entrevista ao podcast Na Mira do Monge, a candidata revelou que sofreu maus-tratos na prisão e disse que não tem vergonha de usar tornozeleira: “Ando de bermuda para todos os cantos. Tenho vergonha quando meu cabelo está feio, isso aqui [tornozeleira] tenho orgulho”, afirmou.
“Por mim, andava com uma em cada braço, porque eu sei o porquê estou usando, pois fui defender Deus, pátria, família, liberdade e vidas. Então, assim, ando para shopping, centro. A minha consciência é limpa. Não vou ter vergonha de lutar pelo que é certo, nunca”, completou. Ela, inclusive, colou uma figura com a bandeira do Brasil no equipamento.