Deolane e Apae movimentaram milhões do jogo do bicho, diz polícia

Reprodução

Antes de ser presa junto com a mãe sob suspeita de envolvimento na lavagem de dinheiro proveniente de jogos de azar e do jogo do bicho, a influenciadora e advogada Deolane Bezerrra, de 36 anos, fez campanhas publicitárias para empresas investigadas pela Polícia Civil de Pernambuco.

Entre elas está a Edscap, que comercializa títulos de capitalização na modalidade “filantropia premiável”, na qual o direito de resgate dos pagamentos, feito pela pessoa que adquire o título, é cedido para uma entidade beneficente.

A Federação Nacional da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae Brasil) era quem recebia os valores da Edscap. A empresa pertence a Darwin Henrique da Silva, também dono da Esportes da Sorte.

Era pela Edscap que Darwin lavava dinheiro proveniente do jogo do bicho e de apostas ilegais. Ele está preso desde o dia 5 setembro, quando se entregou à polícia para o cumprimento de um mandado de prisão.

Deolane usou as redes sociais, com dezenas de milhões de seguidores, para realizar rifas, nas quais sorteou prêmios como maletas de dinheiro em espécie e carros de luxo, como um Porsche 911 Carrera S Cabriolet, avaliado em R$ 1 milhão.

Depósitos milionários
A polícia localizou a divulgação dos sorteios somente no perfil de uma rede social da Edscap. Nada foi mencionado nos perfis de Deolane e da Apae.

No entanto, um relatório de inteligência financeira (RIF) feito pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do governo federal, ajudou a identificar transações suspeitas.

“O fato nos chamou atenção, tendo em vista que localizamos crédito de R$ 2.930.588,00, no período de 11/01/2024 a 07/03/2024, realizado pela Federação Nacional das Apaes na conta corrente de Bezerra Publicidade [empresa da influenciadora], o qual foi justificado como serviços de publicidade de Deolane para a Apae”, diz trecho do RIF.

/Metrópoles

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