X começa a cumprir ordens do STF e Moraes afirma que é preciso ‘paciência’

Foto: Reprodução

O X começou a cumprir ordens judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta (18) e retirou do ar contas que o ministro Alexandre de Moraes determinou que fossem suspensas.

O próprio STF está monitorando o movimento. A coluna também confirmou que os perfis de fato foram apagados.

A coluna também confirmou que foram retidas por ordem judicial as contas do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que está foragido nos EUA, de Paulo Figueiredo, ex-apresentador da Jovem Pan e investigado no inquérito que apura tentativa de golpe de estado no Brasil, e do Youtuber Monark, entre outras.

A suspensão foi entendida no STF como um sinal de que o bilionário Elon Musk finalmente pode estar revendo a decisão de descumprir ordens judiciais no Brasil _até agora, ele se negava a retirar as contas do ar, o que levou ao bloqueio do X no país.

Um outro sinal foi a nota divulgada pela empresa para tentar explicar a restauração parcial do X no Brasil, que voltou a ficar acessível para os usuários mesmo com a determinação de Alexandre de Moraes para que ela fosse retirada do ar.

A empresa de Elon Musk afirmou que a restauração foi involuntária e mostrou espírito de colaboração. “Continuamos os esforços para trabalhar com o governo brasileiro para que ela retorne o mais breve possível para o povo brasileiro”, diz a nota.

O X também pagou as multas determinadas pelo STF.Diante das iniciativas da empresa de Musk, o ministro Alexandre de Moraes afirmou a interlocutores na Corte que é preciso ter “paciência”, indicando acreditar que, apesar de idas e vindas da plataforma e de ataques de Elon Musk, ele acabará cumprindo todas as decisões do STF.

Ao suspender a plataforma, Alexandre de Moraes condicionou a sua restauração a três medidas: a suspensão das contas, o pagamento de multas e a indicação de um representante legal no Brasil.

A única coisa que resta a ser cumprida é a indicação de um representante no Brasil.A coluna apurou que o bilionário já se reuniu com advogados brasileiros para tentar resolver o problema.

/Folha de S. Paulo

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