Redação
O funcionário de uma construtora alvo de uma operação da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) tinha um salário mensal na faixa de R$ 3 mil. No entanto, com os desvios de recursos da empresa, ostentava uma vida de luxo e conseguiu patrimônio milionário.
O homem, de 41 anos, começou a chamar a atenção depois que adquiriu dois veículos, sendo um de R$ 1 milhão e outro de R$ 400 mil. Além disso, promovia festas de alto padrão. O trabalhador estava na construtora há mais de dez anos e, por isso, tinha cargo de confiança.
O esquema se baseava em superfaturar a folha de pagamento, com ele ficando com o excedente dos valores que na prática não eram pagos a ninguém. Uma auditoria da própria construtora descobriu o desvio de dinheiro, momento em que a Polícia Civil foi acionada.
Ao ser preso, o homem confessou o crime e disse que agia sozinho. Contudo, a investigação ainda está em curso para saber sobre outros envolvidos, conforme informou o delegado João Marcello, titular da Seção de Capturas da Polícia Civil.
“Ele confessou o crime e tentou isentar os familiares e os terceiros que recebiam o dinheiro em suas contas, mas estamos investigando se trata-se de uma Orcrim [Organização Criminosa] ou se ele agia de forma isolada. Acreditamos que tem mais gente envolvida, que seriam justamente essas pessoas que forneciam as contas para ele concretizar a lavagem de dinheiro, mas vamos investigar”, disse.
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