Justiça rejeita argumentos da Braskem, e ação de revisão dos danos morais prossegue

Reprodução/Arquivo

Redação

A Justiça Federal rejeitou os argumentos preliminares apresentados pela Braskem na ação civil pública que pede a revisão dos valores pagos pela mineradora para as vítimas do Caso Pinheiro. Com isso, o processo avançará para as próximas fases, de produção e apresentação de provas.

A ação foi impetrada pela Defensoria Pública Estadual (DPE), citando os baixos valores de danos morais que foram pagos aos moradores e comerciantes dos bairros atingidos, especialmente no início dos acordos, quando não se tinha a noção exata dos impactos da evacuação na região.

Em específico, a Braskem adotou a quantia de R$ 40 mil por família, condicionando a indenização por danos morais à aceitação do acordo pelo dano material do imóvel. Isto é, não importava o tamanho do núcleo familiar, o valor era tabelado.

Em 2024, uma decisão também no âmbito federal determinou o aumento para R$ 80 mil, mas foi em caráter individual de uma família. Agora, o objetivo da Defensoria é transformar isso numa decisão coletiva, que abranja a todos os afetados pela tragédia da Braskem.

“O juiz federal André Granja rejeitou todos os obstáculos processuais da Braskem e determinou o prosseguimento da Ação Civil Pública que busca a revisão dos valores dos danos morais (ou melhor, imorais) pagos pela empresa, além da restituição dos imóveis às vítimas. Com isso, avançamos para a fase probatória. Seguimos firmes e confiantes. A luta continua, e desistir não é uma opção”, publicou o defensor público Ricardo Antunes Melro.
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