Lula critica preço de ovos e afirma que pretende fazer reunião com atacadistas

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Durante entrevista no Palácio da Alvorada, na manhã desta quinta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que pretende fazer uma reunião com atacadistas para discutir os preços dos alimentos, entre eles o dos ovos, que teve alta de até 40% desde a segunda quinzena de janeiro.

“O preço vai baixar. Eu tenho certeza que a gente vai fazer com que os preços voltem aos padrões do poder aquisitivo do trabalhador. […] Quando me disseram que o ovo estava R$ 40 a caixa com 30 ovos, é um absurdo. Vamos ter de fazer uma reunião com atacadistas pra discutir como trazer isso para baixo”, ressaltou o presidente.

Segundo Lula, o calor, a chuva e as queimadas no Brasil prejudicaram o preço dos alimentos, além da crise da gripe aviária, nos Estados Unidos. “A gente vem de momentos cruciais no Brasil. Muito sol, muito fogo, muita chuva. Tudo isso tem interferência nos preços. [Também] Tivemos a gripe aviária nos Estados Unidos”, alegou Lula à Rádio Tupi.

Por fim, o presidente prometeu a queda no preço de todos os alimentos — que puxaram a alta da inflação de 2024, fechando o ano em 4,83% — e que o povo “vai voltar a comer a sua picanhazinha”.

“A carne começou a cair, pode ficar certo que vai cair, e o povo vai voltar a comer a sua picanhazinha, sua costela e queremos baixar [o preço de] todos os alimentos”, destacou.

Entenda o debate em torno dos preços dos alimentos

Após um ano marcado por eventos climáticos adversos, que impactaram os resultados do campo, a equipe econômica trabalha com cenário mais positivo em 2025, sem a prevalência de fenômenos como El Niño e La Niña, que amplificam fenômenos climáticos extremos.

A médio prazo, o governo aposta fortemente na “supersafra” agrícola prevista para 2025. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que a produção deste ano registre um crescimento recorde de 8,3% em relação à safra anterior, totalizando 322,47 milhões de toneladas de grãos, especialmente soja e milho — um aumento de 24,62 milhões de toneladas.

/Metrópoles

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