O cartola se referia à defesa de alguns dirigentes brasileiros, como a presidente do Palmeiras, Leila do Palmeiras, de que os clubes brasileiros deveriam cogitar abandonar as competições organizadas pela Conmebol devido a falta de ações concretas contra o racismo no futebol.
A fala de Alejandro Dominguez ocorre depois de a entidade que preside ter aplicado punição considera insignificante diante dos atos de racismo praticados pela torcida do Cerro Porteño, do Paraguai. No útlimo dia 6 de amrço, os jogadores Luighi e Figueiredo, do Palmeiras, foram hostilizados por torcedores com gestos de macaco, após a derrota por 3 a 0 do time local para o clube paulista.
Na ocasião, o presidente Lula afirmara: “Todo apoio ao nosso jovem Luighi, do Palmeiras, vítima de ato racista no Paraguai. O futebol significa trabalho coletivo, superação e respeito. Racismo significa o fracasso da humanidade. Basta de ódio disfarçado de rivalidade. O mundo não pode mais tolerar esse tipo de violência que fere a dignidade e a esperança da nossa juventude. A FIFA, a Conmebol e a CBF precisam agir e que os culpados sejam exemplarmente responsabilizados”.
Pedido de desculpas
Após o sorteio dos grupos da Copa Libertadores, realizado na noite da última segunda-feira (17) na sede da Conmebol no Paraguai, Domínguez foi perguntado por um jornalista se ele imaginava uma Libertadores sem times brasileiros.
“Seria como o Tarzan sem a Chita, impossível”, respondeu o dirigente com uma risada.
Pouco antes, o dirigente paraguaio havia dito em um discurso para o público convidado para o evento que o racismo era um flagelo que afetava o futebol e que sua organização continuaria a aplicar sanções para que “toda expressão racista tivesse uma consequência real”.
“Quero expressar minhas desculpas. A expressão que usei é uma frase popular e nunca tive a intenção de menosprezar ou desqualificar ninguém”, disse Domínguez nesta terça-feira em uma declaração na rede social X.
“A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação dos clubes dos 10 países-membros […]. Reafirmo meu compromisso de continuar trabalhando por um futebol mais justo, unido e sem discriminação”, acrescentou.
A controvérsia envolvendo Domínguez ocorre dias após a Conmebol sancionar o clube paraguaio Cerro Porteño por insultos e gestos racistas contra o atacante do Palmeiras Luighi Hanri em uma partida da Copa Libertadores Sub-20.
Após o jogo, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, disse aos repórteres que, se a Conmebol não respeitasse o futebol brasileiro, o Brasil deveria pensar em entrar para a Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf).
/com agências