Alagoas deve ter período chuvoso muito abaixo da normalidade em 2025

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A Defesa Civil do Estado apresentou, na manhã desta quinta-feira (24), o plano de acionamento interinstitucional para o período chuvoso de 2025, entre os meses de abril e agosto. O evento foi realizado no auditório da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e reuniu representantes da segurança pública e das defesas civis municipais.

Durante o evento, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), por meio da Superintendência de Prevenção em Desastres Naturais, apresentou as previsões para a quadra chuvosa em Alagoas.

De acordo com mapas elaborados com base em quatro modelos internacionais, três deles indicam altas temperaturas no estado, apontando baixa probabilidade de chuvas nos próximos meses.

“O volume de chuvas está muito abaixo da normalidade. Já houve agravamento da seca em grande parte do semiárido. Se não chover nos próximos meses, ou se continuar chovendo abaixo da média, nós não teremos chuva, não teremos água”, afirmou Vinícius Pinho, superintendente de Prevenção em Desastres Naturais da Semarh.

“É uma situação muito parecida com o que aconteceu em 2012 e 2017, anos em que enfrentamos algumas das maiores secas da história. O cenário é semelhante, e precisamos estar alertas, pois esse é o período de recarga hídrica do semiárido”, afirmou Vinícius Pinho, superintendente de Prevenção em Desastres Naturais da Semarh“, emenda.

O período de seca contínua é propício à ocorrência de chuvas fortes em um curto intervalo de tempo, o que agrava o risco de desastres ambientais. “O que nos preocupa é essa elevação das temperaturas, que, combinada à umidade do ar, favorece a formação de nuvens carregadas e a ocorrência de chuvas intensas e isoladas em pontos específicos do estado. Existe, sim, a possibilidade de eventos extremos, e devemos estar atentos”, concluiu Vinícius.

O encontro teve como principal objetivo apresentar o planejamento estadual para enfrentar possíveis desastres. Nesse plano, cada secretaria possui funções predefinidas. A coordenação das ações, em caso de desastre, ficará sob responsabilidade da Defesa Civil do Estado, mas os demais órgãos também terão responsabilidades específicas de resgate, serviços essenciais, operações e disponibilidade de verba.

“Caso ocorra um desastre, cada secretaria já sabe qual é sua função previamente estabelecida. Nosso objetivo é destrinchar esse plano, mostrar formas de diminuir a vulnerabilidade dos locais, entre outras ações”, afirma o chefe do setor de desastres naturais da Defesa Civil de Alagoas, capitão Douglas Gomes.

“Queremos mostrar que Alagoas está pronta para enfrentar esse período chuvoso, que começou em abril e vai até meados de agosto. A gente não consegue, logicamente, controlar a natureza, mas conseguimos prevenir, evitar e, possivelmente, mitigar os danos“, completa.

Reunião na AMA. Foto: Ascom

/Redação, com Agência Alagoas

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