Redação
A Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) confirmou a morte do reeducando Antônio Wendel Melo Guarnieri, de 43 anos, na manhã desta quinta-feira (5), na Penitenciária de Segurança Máxima de Alagoas (PenSM), em Maceió.
Os suspeitos de envolvimento no crime, de iniciais E.G.S e F.G.B, foram encaminhados à Central de Flagrantes para os procedimentos cabíveis, segundo informou a Seris. Detalhes do homicídio não foram repassados à imprensa.
Antônio Wendel Melo Guarnieri cumpria pena de 24 anos pelo assassinato do advogado Nudson Harley, morto por engano em julho de 2009. Na verdade, o alvo era o juiz de Direito Marcelo Tadeu, mas o acusado se confundiu e matou a pessoa errada.
Nudson Harley usava um orelhão quando, segundo a polícia, dois homens armados em uma moto chegaram atirando. O advogado era de Belo Horizonte e estava prestando serviço a uma construtora de Alagoas.
O crime aconteceu na calçada de uma farmácia em Mangabeiras, Maceió, onde o então juiz Marcelo Tadeu havia estacionado o carro. Ele saiu do veículo, mas atravessou a pista e entrou em outra farmácia, em frente de onde tinha estacionado.
“A Seris informa que tomou todas as providências cabíveis para apurar a morte, acionando as equipes da Polícia Científica, Civil e Instituto Médico Legal que realizam todo levantamento e procedimento necessário da ocorrência”, completa a nota.
O caso voltou à tona em 2021, quando a Polícia Federal indiciou o delegado e ex-chefe da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, apontado como mandante do atentado. O Tribunal de Justiça de Alagoas, porém, extinguiu a ação penal contra Cerqueira por ausência de justa causa.
À PF, Antônio Wendell Guarnieri, um dos autores materiais do crime, afirmou que foi o delegado quem o contratou para executar o magistrado, por intermédio do policial militar Natam Simião. O referido PM foi morto em 2010, a tiros, em uma praça de Arapiraca.
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