Família questiona demora no resgate da brasileira que caiu no vulcão na Indonésia

Foto: Reprodução

O pai da brasileira que se acidentou na Indonésia não está conseguindo chegar ao país porque o conflito no Oriente Médico fechou o espaço aéreo no Catar. Juliana Marins está isolada a mais de 3 mil metros de altitude.

Juliana Marins está há 72 horas aguardando resgate em um despenhadeiro no Monte Rinjani, em Lombok, na Indonésia. Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (23), os bombeiros e a direção do parque onde fica o monte informaram que Juliana foi vista presa em um penhasco, a 500 m do local inicial da queda.

De acordo com as autoridades, a equipe conseguiu encontrar a brasileira usando um drone com visualização térmica. Segundo a nota, a vítima não se movia. Este local é mais distante de onde ela tinha sido vista no sábado (21).

“A equipe desceu 250 m, mas ainda faltam mais 350 m para conseguir chegar em um lugar que eles alcançariam ali, e tudo para chegar na minha irmã”, diz Mariana Marins, irmã de Juliana.

Nesta segunda-feira (23), uma espécie de grampo foi afixado próximo ao cume da montanha para que os bombeiros pudessem descer com cordas. Mas no meio da tarde, a operação teve que ser interrompida por causa do clima. A equipe também constatou que a corda não tinha o tamanho suficiente para chegar até Juliana.

O pai de Juliana está tentando chegar à Indonésia. O espaço aéreo do Catar foi fechado por causa do conflito no Oriente Médio. Manoel está no aeroporto de Lisboa sem poder seguir viagem.

“Nós continuamos confiando em Deus e pedindo que dê uma solução para tudo. Nós queremos e precisamos chegar lá”, diz Manoel Marins, pai de Juliana. .

A Indonésia está dez horas à frente do horário de Brasília. As buscas estão previstas para recomeçar quando amanhecer no Monte Rinjani.

No sábado (21), a família chegou a ser informada que as equipes de resgate tinham chegado até a jovem e dado comida e água. Mas a informação foi desmentida depois.

“Ela continua com fome, com sede, sem agasalho, sem nada. A gente não tem tempo a perder. Porque cada segundo conta. Juliana precisa muito desses segundos, precisa de tudo muito rápido e não está sendo. E isso está sendo um problema”, afirma Mariana Marins, irmã de Juliana.O Itamaraty informou que o embaixador do Brasil em Jacarta entrou em contato com o governador da província de Lombok, e pediu reforço no resgate.
/Jornal Nacional 
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