Redação
O pedido de empréstimo no valor de até R$ 1,2 bilhão, solicitado pelo prefeito de Maceió, JHC (PL), para que a Câmara de Vereadores autorize, representa aproximadamente um quarto de todo o orçamento previsto para este ano na capital alagoana.
Conforme aprovado no final do ano anterior, o orçamento de Maceió para o exercício de 2025 é de R$ 4,8 bilhões, isto é, apenas quatro vezes mais que o pedido de empréstimo formulado por JHC e publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (3), em caráter de urgência.
Uma sessão extraordinária da Câmara Municipal estava marcada para acontecer hoje visando à apreciação da autorização para captação do montante bilionário, no entanto, foi reagendada para a próxima terça-feira (8), quando os vereadores vão analisar o pedido.
Mais precisamente, JHC quer até 150 milhões de dólares (750 milhões de reais na conversão atual) junto ao New Development Bank (NDB), além de R$ 400 milhões junto a instituições financeiras públicas ou privadas, nacionais ou internacionais.
O primeiro valor seria aplicado no Programa MCZ3i, com foco em desenvolvimento sustentável, inclusão social e integração urbana, enquanto o segundo, em ações de infraestrutura urbana, mobilidade, saneamento e outros eixos previstos no Avança Maceió.
Nos últimos anos, o orçamento de Maceió foi irrigado com a indenização de R$ 1,7 bilhão da Braskem pela tragédia do afundamento, bem como por R$ 360 milhões da concessão do saneamento à BRK Ambiental.
Agora, contudo, sem esses aditivos, o prefeito JHC vai em busca de empréstimos para compensar os gastos elevados com a Prefeitura de Maceió, que, somente no São João de Maceió, gastou mais de R$ 20 milhões em cachês de artistas nacionais.