A mulher e a filha do ministro Alexandre Padilha (Saúde) tiveram o visto aos Estados Unidos cancelado, segundo informou o próprio consulado do país em São Paulo à família.
A medida foi tomada dois dias depois de o Departamento de Estado do governo Donald Trump cancelar o visto de funcionários que implementaram o programa Mais Médicos.
Padilha havia sido incluído na lista. O ministro, porém, está com o visto vencido, por isso a medida não o atingiu.
Os comunicados recebidos pela mulher e pela filha de Padilha dizem que “surgiram informações de que o senhor pode estar inelegível para o visto”. A informação foi antecipada pelo G1 e confirmada pela Folha de São Paulo.
Um dos comunicados afirma que a revogação tem efeito imediato e explica as condições de aplicação da medida.
“Caso esteja atualmente fora dos Estados Unidos, a revogação do visto tem efeito imediato e o (a) senhor (a) não poderá viajar com o seu visto americano atual. Se estiver fisicamente presente nos Estados Unidos, a revogação do visto entrará em vigor imediatamente após a sua partida. Caso tenha intenção de viajar para os Estados Unidos, o (a) senhor (a) deverá solicitar um novo visto”, diz o texto.
Na quarta (13), o Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou que revogaria vistos de autoridades brasileiras e ex-funcionários da Opas (Organização Pan Americana de Saúde) que tivessem atuado na contratação de médicos cubanos no Mais Médicos.
A gestão Trump afirmou que havia revogado os vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman. O Departamento de Estado justificou a medida porque ambos “trabalharam no Ministério da Saúde do Brasil durante o programa Mais Médicos e desempenharam um papel no planejamento e na implementação do programa”.