Setor de serviços atingiu recorde de 15,2 milhões de empregos em 2023

Rendimento médio foi equivalente a 2,3 salários mínimos

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O setor de serviços empregou o contingente recorde de 15,2 milhões de pessoas em 2023. Esse número de trabalhadores representa alta de 7,1% em relação aos 14,2 milhões do ano anterior.

Já em relação a 2019, que delimita o período pré-pandemia de covid-19 ─ antes de a economia ser severamente atingida por medidas de restrição sanitária e isolamento ─ o crescimento na ocupação foi de 18,3%, o que representa mais 2,4 milhões de trabalhadores no setor.

Os dados fazem parte da Pesquisa Anual de Serviços, divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de serem relativos a 2023, os dados são os mais recentes da radiografia anual que o IBGE faz do setor.

A pesquisa apresenta informações de atividades como alojamentos, alimentação, transportes, correios, comunicação, turismo, escritórios, cultura e reparo de automóveis. Empresas do setor financeiro não estão incluídas no estudo.

Empregados

O levantamento aponta que, das 34 atividades observadas, cinco concentravam 47% dos postos de trabalho gerados, com destaque para serviços de alimentação, com 1,8 milhão de empregos:

Salários

Em 2023, o setor de serviços reunia 1,7 milhão de empresas. Ao todo, essas firmas pagaram R$ 592,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Isso equivale a 2,3 salários mínimos (s.m.) mensais por funcionário, em média.

Dos sete grandes segmentos pesquisados pelo IBGE, três tiveram remuneração acima da média, com destaque para serviços de informação e comunicação:

Ao observar os dados por unidades da federação, os pesquisadores apontam que os salários médios mais altos foram pagos em São Paulo (2,8 s.m.), no Rio de Janeiro (2,5 s.m.) e Distrito Federal (2,4 s.m.). Já as remunerações mais baixas foram no Acre, em Roraima e no Piauí, todas com 1,4 salário mínimo.

Receitas

Em 2023, as empresas pesquisadas pelo IBGE tiveram receita bruta de R$ 3,4 trilhões. O estado de São Paulo respondeu por 45% desse montante, seguido por Rio de Janeiro (10%), Minas Gerais (7,8%), Paraná (5,5%) e Rio Grande do Sul (4,7%).

De 2022 para 2023, houve troca no posto de segmento com maior participação na receita líquida (receita bruta descontada impostos e outros abatimentos). O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares passou a ocupar o topo, com 29,2% de participação, deixando para trás o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (28,1%).

Pesquisa mensal

Mês a mês, o IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), com o desempenho do setor no ano corrente, mas sem informações sobre nível de emprego e remuneração média.

No primeiro semestre de 2025, de acordo com a PMS, o setor apresentou expansão de 2,5% em relação ao mesmo período de 2024.

/Agência Brasil

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