Morte brutal de Cláudia Pollyanne completa um mês; comissão de amigos segue acompanhando as investigações

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O brutal assassinato da esteticista Claudia Pollynne, de 41 anos, completou um mês nesse domingo (07). A Comissão de Amigos da vítima foi fundamental para que o inquérito policial fosse acelerado, embora ainda não esteja concluído, já que o prazo vai até o dia 20 deste mês. Foram muitas idas ao Fórum de Marechal Deodoro, Ministério Público (MPE), Centro integrado de Segurança Pública (Cisp), Delegacia Geral de Polícia Civil, além de entrevistas á imprensa e reuniões à portas fechadas.

Os proprietários do estabelecimento, Maurício Anchieta e Jéssica da Conceição, foram presos. Jessica foi presa em flagrante num primeiro momento, após denúncia da comissão que havia uma menor na clínica clandestina sendo submetida a tortura e à violência sexual. Maurício também foi autuado pelos mesmos crimes. Ele estava escondido num motel em Jacarecica, quando foi localizado por agentes da Polícia Civil.

A barbárie revela a falta de fiscalização em clínicas e estabelecimentos de recuperação. “É necessária que “batidas” sejam feitas de forma rotineira pelos órgãos de controle”, reforça a comissão de amigos, que pretende esta semana encaminhar uma série de dúvidas à comissão de delegadas designada para o caso.

O laudo do Instituto Médico Legal apontou indícios de agressões e intoxicação medicamentosa no corpo de Cláudia Pollyanne.

Durante exame cadavérico, o perito médico-legista Lucas Emanuel identificou múltiplas lesões externas distribuídas por diferentes regiões do corpo e em estágios evolutivos variados.

As marcas mais recentes estavam localizadas na face, com destaque para uma extensa equimose no olho direito (presença de acúmulo de sangue devido à ruptura de vasos sanguíneos), compatível com impacto causado por instrumento contundente.

De acordo com a Polícia Científica, lesões antigas, observadas no abdome e na coxa esquerda, sugerem a ocorrência de agressões físicas reiteradas ao longo do tempo.

Também foram constatados sinais de traumatismo crânio-encefálico que, embora não apresentassem potencial letal imediato, podem ter contribuído significativamente para o desfecho fatal.

Ainda confirmou a presença de múltiplos medicamentos pertencentes a diferentes classes — incluindo antidepressivos, antiepilépticos, antipsicóticos, benzodiazepínicos e anti-histamínicos — muitos dos quais com efeito sedativo significativo.

A Comissão de Amigos de Claudia Pollyanne é representada pelo advogado Napoleão Lima Júnior. Polly deixa uma filha de 17 anos e centenas de amigos órfãos.

/Assessoria

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