Renasce Salgadinho: JHC insiste em divulgar obra milionária atrasada

Foto: Redes Sociais

A Ordem de Serviço assinada para o Renasce Salgadinho foi efetivada em julho de 2021 e prometia ser a maior obra hídrica de Maceió, o que iria trazer a despoluição do Riacho Salgadinho.

A obra mudou de escopo e de data de entrega, que tinha a previsão inicial de conclusão para janeiro de 2023. No entanto, o prazo foi prorrogado para setembro de 2024, coincidindo com o período da campanha eleitoral, o que levanta questionamentos sobre o timing das mudanças.

Mesmo com alteração da data, o marketing político não foi efetivado. A promessa segue apenas no Instagram do prefeito de Maceió e de alguns aspones de primeira ordem.

Por exemplo, até o momento não existe sinal da instalação dos jardins filtrantes para melhorar a qualidade da água que cai no leito.

Além disso, o projeto não deixa claro sobre o retorno da balneabilidade no leito do Riacho Salgadinho, e segue apontando apenas para que o esgoto seja enviado ao emissário submarino, oferecendo uma possível diminuição no fluxo de dejetos desaguando no mar todos os dias. E quanto a este assunto não existe consenso entre o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e BRK sobre como isso seria feito sem aumento de custos e prejuízos ambientais.

Desde o lançamento, o contrato foi aditivado quatro vezes, aumentando o valor da obra e o prazo de entrega.

O impacto financeiro da obra é notável. Em abril de 2024, o custo da obra já era de R$ 92,1 milhões, com R$ 60,7 milhões já pagos ao Consórcio, de acordo com o Portal da Transparência da Prefeitura de Maceió. Contudo, a assinatura do novo aditivo eleva o custo final previsto para R$ 182,5 milhões, mesmo quando ainda faltavam R$ 31 milhões para alcançar o limite previamente estabelecido de R$ 92 milhões.

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