Redação
A Justiça de Alagoas decretou o afastamento preventivo de três policiais militares investigados pela morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos. O fato ocorreu em uma perseguição policial em Palmeira dos Índios, no Agreste alagoano.
Conforme apurado, o menor estava desarmado no momento em que fugia de uma abordagem e foi atingido por um disparo nas costas. As investigações apontam que os militares teriam tentado montar um cenário de “legítima defesa”, apresentando à perícia um revólver supostamente da vítima, arma que, segundo laudo oficial, não foi empunhada por Gabriel.
A Polícia Civil indiciou os três agentes: um deles, o que efetuou o tiro,, responde por homicídio culposo (quando não há intenção direta de matar), e todos respondem por fraude processual especial. Por outro lado, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) discorda da tipificação culposa e argumenta que o caso configura homicídio com dolo eventual, ou seja, que o policial agiu mesmo sabendo que poderia ocorrer a morte.
Como medida cautelar, os três militares foram retirados das funções operacionais e agora estão impedidos de exercer qualquer função pública na corporação até que o processo criminal seja concluído. A defesa dos policiais declarou que avaliará a decisão judicial e estudará a possibilidade de sua revogação.