Endividada em R$ 821 mil, TV Gazeta tenta no STF retomar contrato com a Globo

foto: reprodução

Redação

A TV Gazeta de Alagoas, pertencente à Organização Arnon de Mello, do ex-presidente Fernando Collor, enfrenta nesta sexta-feira (31) o vencimento de uma dívida de R$ 821.830,58 junto à Receita Federal, referente a impostos renegociados. O valor é dividido em três parcelas: R$ 549.788,96, R$ 56.207,06 e R$ 215.834,56.

Vale ressaltar que meses antes de perder o sinal da Globo, a emissora já acumulava atrasos no pagamento desses tributos, conforme documentos de arrecadação obtidos pelo site Repórter Nordeste.

Em meio às dificuldades financeiras, a TV Gazeta voltou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de reverter o rompimento do contrato com a Rede Globo. Representantes da empresa protocolaram, na última terça-feira (28), uma petição endereçada ao presidente da Corte, ministro Edson Fachin, pedindo análise urgente do recurso que busca suspender a decisão do ministro Roberto Barroso.

No dia 25 de setembro, Barroso autorizou o encerramento do contrato, permitindo à Globo firmar parceria com uma nova afiliada em Alagoas. Antes disso, a TV Gazeta havia conseguido manter a renovação do vínculo de forma compulsória no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A emissora afirma que, sem o contrato com a Globo, não terá condições de manter suas operações, incluindo o pagamento de salários de 209 funcionários e de fornecedores. A Organização Arnon de Mello, que abriga outros veículos do grupo e emprega 158 trabalhadores, também seria diretamente afetada.

De acordo com a empresa, a folha mensal da TV Gazeta – somando encargos e prestadores de serviço – chega a R$ 1,7 milhão. O orçamento projetado para outubro de 2025 aponta um déficit de R$ 2,7 milhões caso a emissora permaneça sem a receita proveniente da afiliada carioca.

Na petição, a defesa alerta que a continuidade da suspensão pode levar a um colapso financeiro e à inviabilização da função social da empresa, contrariando os objetivos do processo de recuperação judicial.

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