Redação*
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aprovou, nesta terça-feira (4), a implementação de cotas para pessoas transexuais nos cursos de graduação. A decisão unânime foi tomada durante uma reunião on-line do Conselho Universitário (Consuni).
De acordo com a Ufal, uma comissão responsável por elaborar a Política de Cota Trans na graduação foi estabelecida, sob coordenação da Pró-reitoria de Graduação (Prograd). A instituição está responsável por encaminhar ao MEC, até o final de novembro, toda a documentação que contempla a reserva de vagas para os candidatos do Sisu-Ufal 2026.
Também farão parte da comissão representantes da Pró-reitoria Estudantil (Proest), da Copeve, do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), bem como alguns membros do Consuni.
A Universidade já tem um sistema de cotas para pessoas trans na pós-graduação desde 2022, com 10% das vagas reservadas para esse público. Com a nova medida, as cotas passam a valer também aos cursos de graduação.
“Eu acho que a gente vai dar um salto ímpar na história da Universidade. Muito obrigado pelo carinho de todos vocês com essa pauta, que é a todos nós muito cara. Muito obrigado!”, comemorou o reitor Josealdo Tonholo.
O pró-reitor Alexandre Lima citou que pelo menos 20 instituições já possuem cota para trans e também comemorou o avanço na Ufal.
“Mais do que nunca, chegou a hora da Ufal participar dessa importante discussão. Vai ter uma transformação muito natural aqui na nossa instituição. Mas se a gente coloca uma nova política de ação afirmativa e a gente não garantir uma permanência qualificada desse público, podemos ter essa política um pouco fragilizada. Então, é fundamental a participação da Pró-reitoria Estudantil”, reforçou.
/com Ascom Ufal
