Redação
O número de prisões realizadas pela Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) entre janeiro e setembro de 2025 cresceu 18% em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 6.234 prisões efetuadas, contra 5.281 registradas em 2024, um aumento de 953 casos, conforme levantamento da Seção de Estatística e Ciência Aplicada da corporação.
É importante pontuar que a violência contra a mulher apareceu como o principal motivo das prisões, com 1.324 ocorrências neste ano, frente a 938 no ano anterior. Logo depois vêm os casos de tráfico de drogas, com 920 prisões, seguidos pelo cumprimento de mandados judiciais (703) e embriaguez ao volante (311). Entre os crimes mais recorrentes proporcionalmente estão ameaça (50,9%), violência doméstica (41,1%) e furto (29%).
O crescimento também se reflete na média mensal, que passou de 586 para 692 prisões. Agosto foi o mês com maior aumento percentual (44,2%), seguido por junho (32,4%) e julho (21,4%). Os dados mostram ainda que as quintas-feiras concentram o maior número de capturas, com cerca de 31% do total, enquanto os domingos apresentam a menor variação, em torno de 11%.
As ocorrências noturnas tiveram destaque no comparativo: foram 407 prisões a mais durante esse período do dia em relação a 2024. Para o comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim, o reforço nas ações preventivas foi determinante para os resultados. “Intensificamos ações preventivas e operações constantes nas ruas da capital e do interior”, afirmou.
Um exemplo da atuação policial ocorreu em 11 de setembro, em Arapiraca. Um homem de 26 anos foi preso por descumprir medida protetiva após perseguir e ameaçar a ex-companheira. Durante a abordagem, a Patrulha Maria da Penha encontrou duas facas na cintura do agressor, que foi autuado em flagrante na Central de Polícia Civil do município.
A PM reforça que as operações devem continuar de forma permanente, com o objetivo de coibir a criminalidade e ampliar a sensação de segurança em todo o estado.