Isadora Noia*
Profissionais do Hospital Veredas, em Maceió, realizam nesta quinta-feira (13) um protesto na Avenida Fernandes Lima, no Farol. O ato marca o início de uma greve por tempo indeterminado, motivada pelo atraso salarial e pelo não pagamento do piso da enfermagem.
De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros de Alagoas (Sineal), a paralisação envolve trabalhadores de diferentes áreas e ocorre após meses de tentativas frustradas de negociação. A categoria cobra o pagamento de salários atrasados e complementos do piso da enfermagem, além do 13º salário de 2024, que ainda não foi pago integralmente.
A presidente do Sineal, Cinthia Carvalho, explicou que os débitos acumulados pelo Hospital Veredas incluem salários referentes aos meses de abril, maio, agosto, setembro e outubro de 2024, além de julho, agosto, setembro e outubro de 2025. Também há pendências do complemento do piso da enfermagem de outubro e novembro de 2024, e metade do 13º salário do mesmo ano.
“Estamos em greve por tempo indeterminado, até que se concluam todos os pagamentos. Os trabalhadores não aguentam mais. Essa é a realidade dos débitos que o Hospital Veredas deve”, afirmou Cinthia.
A direção do hospital alega falta de repasses do Governo do Estado e do Município de Maceió, o que teria comprometido o fluxo financeiro da unidade. No entanto, segundo informações repassadas pelos trabalhadores, no último dia 6 de novembro, o Estado recebeu uma emenda parlamentar de R$ 17 milhões, destinada ao Hospital Veredas, de autoria do deputado Arthur Lira (PP).
Os profissionais esperam que o recurso seja liberado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para a regularização dos pagamentos. “Os trabalhadores estão ansiosos para que o Estado libere esse dinheiro e, finalmente, atualize os salários. Enquanto isso, a greve continua”, completou a presidente do Sineal.
O movimento acontece em frente ao hospital e conta com a presença de representantes de sindicatos e categorias da saúde, com funcionários das áreas da limpeza, administrativo, enfermagem e outros especializados. Apenas os serviços essenciais estão mantidos durante o período de paralisação.
/Estagiária sob supervisão
