“Quando olho para esses idosos, vejo meu pai”, diz presidente da CPMI

Foto: Reprodução

Ao final da reunião da CPMI do INSS desta quinta-feira (13), o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), comentou sobre os resultados colhidos até o momento pelo colegiado e sobre a nova leva de prisões a investigados na Operação Sem Desconto. O congressista relatou enxergar a história de vida de seu próprio pai em meio às denúncias de aposentados que foram vítimas do escândalo de fraudes em descontos associativos.

“Talvez seja por isso que essa luta me toca tão fundo. Porque eu lembro do meu pai, caminhoneiro chegando em casa cansado depois de atravessar metade do País. Chegava com as mãos doídas do volante, as costas marcadas pela viagem, mas com a dignidade intacta. E ele sempre dizia, meu filho, a única coisa que resta ao trabalhador é o direito de envelhecer com respeito e de se aposentar. E quando eu olho para esses idosos enganados, eu vejo meu pai”, declarou.

De acordo com Viana, a CPMI “não investiga apenas um esquema”, mas sim “expõe uma ferida nacional que muitos tentaram esconder”. O senador também comemorou a prisão do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e demais investigados por participação na fraude.

“Nós acordamos com a operação da Polícia Federal e da CGU em 17 estados e no Distrito Federal, que cumpriu mandados, desarticulou estruturas e prendeu o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. O país compreendeu que essa injustiça não é normal e não será tolerada”, disse.

Viana também teceu elogios ao ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acatou os pedidos de prisão. “Deus, a quem acredito, soberano de todas as coisas, separou o homem íntegro, temente a Deus, para ouvir o clamor dos aposentados, das viúvas e dos órfãos. A operação histórica de hoje só aconteceu porque um ministro honrado escolheu ficar do lado certo da verdade”.

/Congresso em Foco

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