Redação*
O réu Albino dos Santos Lima, conhecido como “serial killer de Maceió”, recebeu uma nova condenação em júri popular, nesta quinta-feira (13). Albino foi sentenciado a 24 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão, em regime fechado, pelo assassinato de Beatriz Henrique da Silva e pela lesão corporal contra o filho dela, de apenas 4 anos.
Somando as penas de todos os júris até agora, o réu já tem uma condenação que chega a quase 151 anos.
O crime aconteceu por volta das 3h da madrugada do dia 15 de dezembro de 2023, dentro da casa da vítima, na rua Cabo Reis, no bairro de Ponta Grossa, em Maceió. Albino teria invadido o local e surpreendido as vítimas enquanto elas dormiam, sem chance de defesa, e disparado tiros de arma de fogo contra a mulher. Um dos tiros atingiu o filho dela, que ficou ferido.
Durante a acusação no júri desta quinta-feira (13), o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas reforçou que o crime ocorreu por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, teses que foram aceitas pelo conselho de sentença.
“O Ministério Público se dá por satisfeito com o resultado, sentindo, obviamente, pelas inúmeras vidas que foram ceifadas por esse réu. Temos mais um júri, que será realizado em janeiro, e esperamos de igual modo obter a condenação dele”, afirmou, ao final do júri, o promotor de Justiça.
Pelo assassinato de Beatriz, a condenação foi de 24 anos e 6 meses. A lesão corporal contra o filho dela, também reconhecida pelo júri, resultou em uma pena de 5 meses e 8 dias. Assim, a condenação obtida hoje chega a 24 anos, 11 meses e 8 dias.
A autoria dos crimes foi confirmada pelo próprio Albino, no começo do júri, durante respostas dadas ao juiz que presidiu o júri. Ele, no entanto, se recusou a responder às perguntas do promotor de Justiça. O representante do MPAL, por sua vez, utilizou-se de um recurso audiovisual durante o júri: ele exibiu para o conselho de sentença um vídeo do depoimento de Albino em juízo, no qual ele também assumiu a autoria dos crimes pelos quais foi condenado hoje.
Com a apreensão de máscaras, luvas pretas, munições, uma pistola .380 que estavam de posse do réu e confronto balístico, foi constatado pela Polícia Científica que os projéteis retirados do corpo de Beatriz Henrique também tinham sido deflagrados da mesma arma.
Durante o júri, o promotor de Justiça enfatizou que Albino, comprovadamente, por meio de laudos médicos, não tem quaisquer problemas psiquiátricos. “Ele escolhia as vítimas, seguia fisicamente e nas redes sociais, planejava tudo, se achava um justiceiro. E ainda ia aos túmulos delas tirar fotos e colecionar em seu celular imagens e reportagens dos crimes que cometia”, detalhou o promotor.
/com MPAL
