“O pior cenário se confirmou”, afirma Teca Nelma sobre investimento da prefeitura de Maceió no Banco Master

Foto: reprodução

Redação

A vereadora Teca Nelma cobrou explicações da Prefeitura de Maceió sobre a aplicação de mais de R$ 100 milhões do Iprev em letras financeiras do Banco Master. A fala ocorreu nesta terça-feira (18), durante sessão da Câmara Municipal, horas depois de o Banco Central decretar a liquidação extrajudicial da instituição e de a Polícia Federal (PF) prender o dono do banco, Daniel Vorcaro, no aeroporto de Guarulhos.

A vereadora lembrou que o alerta sobre o risco desse investimento já havia sido feito meses atrás pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos e por parlamentares da própria Casa. Ela afirmou que, na época, o aviso foi menosprezado.

“Quando eu apresentei a denúncia aqui, fomos taxados de alarmistas. Disseram que era terrorismo, que havia fundo garantidor, mesmo quando apontamos que não existia essa garantia”, disse.

O investimento do Iprev, segundo Teca, foi feito em letras financeiras consideradas de alto risco e sem cobertura do Fundo Garantidor de Créditos, o que colocava em xeque a segurança da aposentadoria de milhares de servidores municipais.

“Tentaram minimizar o problema, como se não fosse nada. Chegaram a dizer publicamente que não havia risco algum e que o banco não iria quebrar”, afirmou.

A fala da vereadora ecoa nos fatos revelados nesta segunda-feira (17), quando a PF prendeu Daniel Vorcaro após identificar indícios de operações fraudulentas para maquiar o balanço do Banco Master.

Com o avanço das apurações, o Banco Central determinou a administração especial temporária da instituição e, na manhã desta terça-feira, decretou sua liquidação extrajudicial, citando deterioração financeira, descumprimento de normas bancárias e falta de liquidez.

Para Teca Nelma, o desfecho confirma o que servidores e órgãos de controle já alertavam. “Todos os fatos comprovam que o alerta feito lá atrás estava correto. O pior cenário, aquele que muitos chamaram de alarmismo, infelizmente se confirmou”, disse.

A vereadora defendeu que o município dê explicações urgentes sobre como escolheu o Banco Master para aplicar recursos previdenciários e quais medidas serão tomadas para resguardar o patrimônio dos servidores. “Agora a gente quer esclarecimento, quer resposta e quer transparência da Prefeitura de Maceió”, concluiu.

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