Caso Nádia: irmã de médica diz que avós são coniventes com estupro da neta

Imagem: Reprodução

Por Hemilly Souza

Em depoimento divulgado pela advogada Júlia Nunes, nesta sexta-feira (21), a irmã da médica Nádia Tamires, presa por matar o ex-marido após suspeita de estupro contra a filha do casal, afirmou temer pela integridade física da criança, que está sob os cuidados das avós que, segundo ela, seriam coniventes com a violência sexual.

Um áudio gravado por Nádia, durante uma conversa com a mãe do ex-marido, o médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, mostra a avó paterna falando sobre a convivência da criança com possíveis abusadores. Na gravação, a ex-sogra orienta a médica a deixar de trabalhar para ficar em casa vigiando o marido, por não confiar nele sozinho com a filha.

Em outro momento, a mãe de Alan cita um abusador conhecido da família e afirma que, caso a filha de uma mulher, que ela chama de Lady, seja deixada em casa, poderá ser vítima de estupro. “Se ela deixar aquela menina, o pai dela rasga, sabia? Tá sabendo dessa? Tá sabendo que rasga?”, diz ela.

A irmã da médica, Nayara Thays, lamenta a situação e afirma que a criança está desprotegida sob a guarda das avós. “Isso é um áudio, isso são palavras de uma avó. O pai, o avô da criança, ele tem problemas e alcoolismo. E quem vai proteger minha sobrinha nesse momento? Quem? Entendam a situação”, lamentou.

A mãe de Nádia também tem realizado declarações em defesa de Alan, alegando que ele foi morto inocente. Segundo Nayara, ela enfrenta transtornos psiquiatrícos e foi vítima de violência sexual durante a infância. Além disso, não considera que a neta sofreu estupro, por não ter havido conjução carnal.

Alan foi morto a tiros no dia 16 de novembro, dentro de um carro estacionado em frente à Unidade Básica de Saúde do Sítio Capim (UBS), em Arapiraca. Nádia foi presa horas depois, em Maceió, e, após passar por audiência de custódia, teve a prisão convertida em preventiva. Ela foi então encaminhada ao sistema prisional.

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