Desemprego nos EUA cresce em setembro, mesmo com aumento nas contratações 

Foto: Anna Moneymaker/Getty Images via AFP

O mercado de trabalho dos Estados Unidos continuou a se deteriorar em setembro, com a taxa de desemprego avançando para 4,4%, segundo o relatório de empregos (payroll) divulgado nesta quinta-feira pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês).

Apesar do avanço do desemprego, a criação de vagas superou as expectativas: foram abertos 119 mil postos de trabalho no período, resultado bem acima das cerca de 52 mil vagas projetadas pelos analistas, de acordo com o consenso da MarketWatch.

A divulgação ocorreu mais de seis semanas após o previsto, devido ao impasse orçamentário que provocou a paralisação do governo, o shutdown mais longo da história, com 43 dias de duração. A coleta de dados, concluída antes da paralisação, registrou uma taxa de resposta de 80,2% entre os estabelecimentos.

A publicação do payroll de outubro, porém, não deve ocorrer. Segundo o BLS, o relatório referente ao mês não será divulgado e os números de outubro serão incorporados ao documento de novembro, previsto para após a última reunião do Federal Reserve no ano.

Setores e indicadores do mercado de trabalho

Entre os setores, o de saúde liderou as contratações, com cerca de 43 mil novos empregos, seguido pelos serviços de alimentação e bebidas, que abriram 37 mil vagas. Já o segmento de transporte e armazenagem eliminou 25 mil postos de trabalho, enquanto o governo federal registrou redução de 3 mil vagas.

A taxa de participação na força de trabalho, que indica a parcela da população em idade ativa empregada ou buscando emprego, ficou em 62,4%. Já a taxa de emprego-população, que mede a proporção de pessoas em idade de trabalhar que estão efetivamente empregadas, atingiu 59,7%.

O número de desempregados de longo prazo, aqueles que estão há 27 semanas ou mais sem trabalho, permaneceu em 1,8 milhão.

/AFP

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