STF decreta sigilo total sobre pedido da defesa de Daniel Vorcaro

Redação

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta terça-feira (2), colocar sob sigilo o pedido apresentado pela defesa do dono do banco Master, Daniel Vorcaro. A solicitação questiona a competência da Justiça Federal para conduzir o processo que levou à prisão do banqueiro. O caso está sob análise do ministro Dias Toffoli.

Com a nova determinação, o grau de confidencialidade foi ampliado. O processo, que antes tramitava em segredo de Justiça – permitindo a visualização de movimentações sem acesso ao conteúdo – agora passa a ser totalmente sigiloso. Nem mesmo o andamento das peças será exibido.

A defesa argumenta que a investigação deveria tramitar no Supremo, já que um contrato imobiliário apreendido pela Polícia Federal cita o deputado federal João Carlos Bacelar (PL-BA), autoridade com foro privilegiado. Se o STF entender que a Justiça Federal não é competente, decisões tomadas até agora podem ser anuladas, o que atingiria diretamente a operação conduzida pela Polícia Federal.

Vorcaro é investigado por supostas fraudes financeiras que, segundo a PF, chegam a R$ 12 bilhões. Ele foi preso durante a operação Compliance Zero, mas deixou o Centro de Detenção Provisória 2 de Guarulhos no último sábado (29), após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

A ordem de soltura foi assinada pela desembargadora Solange Salgado da Silva e também beneficiou outros quatro executivos ligados ao Master: Augusto Ferreira Lima, ex-CEO e sócio do banco; Luiz Antônio Bull, diretor de Riscos, Compliance, RH, Operações e Tecnologia; Alberto Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo de Tesouraria; e Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, sócio da instituição.

Os cinco investigados terão de usar tornozeleira eletrônica e cumprir medidas restritivas enquanto seguem as apurações sobre o suposto esquema financeiro.

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