MP exige fim da farra do São João OAB/AL patrocinado por JHC

JHC, Fernanda Moreira e Vagner Paes

Da Redação

Uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público de Alagoas, por meio da 15ª Promotoria de Justiça da Capital, assinada pelos promotores Bruno de Souza Martins Baptista e Fernanda Maria Moreira de Almeida, expõe a farra promovida pela gestão do prefeito JHC em relação ao patrocínio privado do evento de São João da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL).

A ação tem como alvos o Município de Maceió e a OAB/AL, presidida por Vagner Paes Cavalcanti Filho. O processo questiona diretamente o patrocínio de R$ 400 mil concedido ao evento privado “São João da OAB”, bancado com dinheiro público.

No pedido, o MP requer a declaração incidental de inconstitucionalidade dos artigos 3º, 7º e 9º da Lei Municipal nº 7.370/23, norma que regulamenta os patrocínios ativos do Município de Maceió. De acordo com a ação, esses dispositivos violam princípios constitucionais ao permitirem a transferência de recursos públicos sem chamamento público, sem critérios transparentes e sem qualquer estudo prévio que justifique a escolha do beneficiário.

Para o Ministério Público, a lei criou um atalho administrativo que favorece escolhas subjetivas e direcionadas, abrindo espaço para privilégios e favorecimento indevido, epecialmente quando se trata de entidades com forte poder político e institucional.

Além da inconstitucionalidade da lei, o MP pede a nulidade do Termo de Convênio nº 024/2025, firmado entre a Prefeitura de Maceió e a OAB/AL, que garantiu o repasse de R$ 400 mil para a realização do São João da entidade.

A ação aponta que o patrocínio foi concedido sem qualquer planejamento público estruturado, sem alinhamento com a política cultural do município e sem demonstração concreta de interesse público. O evento é fechado, voltado prioritariamente à confraternização de uma categoria profissional específica, com cobrança de ingressos e acesso restrito.

Para o MPAL, não há como justificar o uso de dinheiro público para financiar um evento privado da OAB, enquanto o próprio município já realiza, com altos investimentos, um São João público, aberto e gratuito, voltado à coletividade.

O MP afirma que patrocinar eventos pagos, sem contrapartidas reais de democratização do acesso, representa privilégio a um grupo social específico, em detrimento da população em geral, o que fere os princípios da moralidade administrativa e da impessoalidade.

Farra com dinheiro público também aconteceu em 2024 

Além do gasto milionário no São João municipal de 2024, a Prefeitura de Maceió também patrocinou outra festividade junina, a da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL).

O recurso público injetado pelo prefeito JHC na OAB Alagoas foi de R$ 280 mil e serviu para a festança que contou com os shows de Dorgival Dantas, Millane Hora (esposa do vice-prefeito , Rodrigo Cunha) e Walkyria Santos. O evento contou com a participação dos advogados alagoanos e de alguns famosos locais.

Neste ano, a farra teve mais dinheiro público e serviu de palanque político para os gestores da capital. Deprimente.

Confira a ACP na íntegra:

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