Rede estadual tem 21 medalhas na etapa nacional da OBMEP

Ascom Seduc

Vinte e um estudantes da rede estadual de ensino conquistaram medalhas na esfera nacional da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Destas 21 medalhas, 18 são de bronze, 2 de prata e 1 de ouro – esta última um feito histórico da estudante Lília Fernanda Costa, do Colégio Tiradentes da Polícia Militar, de Arapiraca, que se tornou a primeira estudante do sexo feminino a ganhar duas medalhas de ouro consecutivas da olimpíada em Alagoas. A lista com os premiados está disponível no site (www.obmep.org.br).

Ainda na esfera nacional a rede estadual conquistou 142 Menções Honrosas na olimpíada, o que eleva o número de premiados para 163 estudantes. Os premiados da esfera nacional alcançaram este resultado competindo com estudantes de todo o Brasil. Para se ter ideia do grau de dificuldade, segundo a coordenação estadual da OBMEP, 1 em cada 340 alunos conquista uma Menção Honrosa; 1 em 2770, o bronze; 1 em 9000, a prata e 1 em 36000, o ouro.

Os premiados da esfera nacional incluem dois professores e quatro escolas da rede estadual. Fora isso, a OBMEP também entrega medalhas na esfera estadual – que são os estudantes que tiveram os melhores desempenhos nos seus respectivos estados. Na esfera estadual, a rede estadual teve 70 medalhistas, sendo 4 ouros, 19 pratas e 47 bronzes.

Ao todo, Alagoas teve 646 premiados na esfera nacional da olimpíada, dos quais 78 são medalhistas de escolas públicas ou privadas – 60 bronzes, 10 pratas e 8 ouros – e 568 são Menções Honrosas. Já no âmbito estadual, são 328 medalhistas de escolas públicas ou privadas, dos quais 25 são de ouro, 77 são de prata e 226 são de bronze.

Investindo na matemática

O superintendente de Desenvolvimento do Ensino Médio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Ricardo Lisboa, comemorou o resultado da rede estadual na OBMEP.

“Parabenizo os estudantes, professores e escolas premiados e que realizam projetos voltados a olimpíadas como a OBMEP. Temos visto a cada ano que as escolas que têm um planejamento que inclui as olimpíadas de conhecimento têm alcançado sucesso. Essas medalhas reafirmam a importância de se investir em ações voltadas à matemática. Dois mil e vinte e seis será o ano da matemática, o Governo Federal lançou o compromisso Toda a Matemática e as olimpíadas contribuirão bastante para este trabalho”, avaliou Ricardo.

O coordenador da OBMEP em Alagoas, Adelailson Peixoto, do Instituto de Matemática da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) , faz um balanço da competição no estado.

“Tivemos em 2025 um resultado similar ao de 2024, mantendo o mesmo número de medalhas de ouro, oito ao total, conquistadas por escolas públicas e privadas. Inclusive algumas cidades do interior conquistaram um ouro pela primeira vez, que foi o que aconteceu no município de Capela. Isso mostra que a OBMEP tem alcançado todo o estado de Alagoas, não se concentrando apenas na capital, o que tem mudado a realidade do ensino de matemática em toda Alagoas em todas as redes de ensino, o que é extremamente positivo”, pontuou.

Feito histórico

Aos 13 anos de idade, a estudante Lília Fernanda Costa protagonizou um feito histórico na trajetória da OBMEP em Alagoas: é a primeira estudante do sexo feminino no estado a conquistar dois ouros consecutivos. Na rede estadual de ensino, até então, só estudantes do sexo masculino haviam conseguido essa façanha, a exemplo de João Vitor Silva dos Santos, pela Escola Estadual Padre Cabral, de Maceió, e Nicolas Lima Lopes, pelas escolas estaduais Jorge de Lima, de União dos Palmares e Onélia Campelo, de Maceió. Nicolas teve seu terceiro este ano, desta vez representando Instituto Federal de Alagoas (IFAL).

Há menos de um mês, ela também conquistava seu segundo ouro consecutivo na Olimpíada Alagoana de Matemática (OAM), quando obteve a maior nota do Nível – que corresponde ao 8º e 9º anos do ensino fundamental, algo que se repetiu na OBMEP, já que Lilia obteve também a maior pontuação entre os participantes do Nível 2 no estado e, nacionalmente, figura no 45º lugar entre os 200 medalhistas deste nível em todo o Brasil.

“Primeiramente, agradeço a Deus pela conquista e agradeço aos meus pais, aos meus professores e a todos que fazem parte do Colégio Tiradentes por todo o apoio e suporte nesta jornada. Sem eles esta conquista não seria possível. Vejo esta premiação como uma chave que abre portas para o meu futuro e é reflexo do meu esforço, dedicação e amor pela matemática. Considero a OBMEP uma grande oportunidade de incentivo aos estudantes na área das Ciências Exatas, aproximando-os deste mundo”, comemorou Lília.

Quem também realizou um feito histórico foi Kaio Rafael Paranhos, cujo bronze no Nível 3 (ensino médio) é a primeira medalha da Escola Estadual Princesa Isabel, de Maceió, em vinte anos de OBMEP. Kaio e mais nove colegas da escola participaram de um projeto preparatório com aulas para as olimpíadas promovido na escola em parceria com estudantes do IFAL.

“Estou muito feliz por ter conquistado minha primeira medalha na OBMEP, e poder honrar minha escola com essa primeira medalha. Ressalto que esse feito não seria possível sem o empenho dos professores e demais funcionários da Princesa Isabel. É muito visível que a minha conquista é reflexo do investimento na Educação em Alagoas. Sempre gostei de Matemática, e venho fazendo provas da OBMEP nos últimos anos, também tive oportunidade de participar de aulas por meio do Projeto preparatório para as Olimpíadas na escola”, revelou Kaio.

Ano produtivo

Um dos dois professores da rede estadual premiados pela OBMEP 2025, Rodrigo Costa, da Escola Estadual Moreira e Silva, de Maceió, recebe o reconhecimento da OBMEP em um ano em que, junto com os estudantes do projeto Treinamento Olímpico de Matemática (TOM), conquistou premiações na Olimpíada de Matemática da Unicamp (OMU) e na Matexpo do Instituto de Matemática da UFAL. Dois estudantes do grupo, Pedro Henrique Lessa e Kimberly Mathias, também conquistaram premiação na OBMEP, sendo respectivamente medalha de prata estadual e Menção Honrosa.

“Receber a premiação da OBMEP é motivo de grande felicidade e gratidão, pois representa o reconhecimento de um trabalho feito com dedicação e compromisso com a educação. Sou grato aos alunos e a todos que acreditam na educação como transformação, e essa premiação me motiva a seguir ensinando com ainda mais entusiasmo e responsabilidade”, declarou o educador.

A OBMEP

Trezentos e quarenta e dois mil estudantes alagoanos participaram da edição 2025 da OBMEP. O número superou o de 2024, com cinco mil participantes a mais.

Os inscritos foram distribuídos em 891 escolas públicas — estaduais, municipais e federais — e privadas. A rede estadual de ensino inscreveu 152 mil estudantes de 283 escolas, o que representa 44,4% do total de alunos e 31,7% do total de instituições participantes.

Coordenada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a OBMEP atingiu um marco histórico este ano, totalizando 18,6 milhões de inscritos em todo o Brasil, com participação de 57.222 escolas de 5.566 municípios — o que garantiu uma cobertura de 99,93% dos municípios do país. Em Alagoas, a competição é organizada pela UFAL e conta com o apoio da Seduc, das secretarias municipais de Educação, Ifal e escolas particulares.

Na edição 2025 da OBMEP, serão distribuídas 8.450 medalhas nacionais — 650 de ouro, 1.950 de prata e 5.850 de bronze — além de 51 mil certificados de menção honrosa. Também serão entregues 20,5 mil medalhas aos melhores desempenhos em nível estadual. Em Alagoas, a premiação dos medalhistas de 2025 ocorre na metade de 2026.

/Ascom Seduc

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