Ícone do site Folha de Alagoas

Financial Times aposta na reeleição de Lula nas eleições de 2026

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Redação

O jornal britânico Financial Times incluiu a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro de 2026 entre as previsões políticas para o próximo ano. A aposta integra a tradicional lista anual publicada pelo veículo às vésperas do réveillon, em que analisa cenários globais e tendências para o ano seguinte.

De acordo com o Financial Times, Lula deve se beneficiar do atual desempenho da economia brasileira e de movimentos considerados prejudiciais da direita ligada ao bolsonarismo. O jornal avalia que o contexto econômico favorável e a condução política do governo criam um ambiente propício para a reeleição do presidente.

A publicação também menciona o problema de saúde enfrentado por Lula, que passou por uma cirurgia de emergência na cabeça no ano anterior, mas destaca que esse fator não deve comprometer sua competitividade eleitoral. Para o jornal, a postura do presidente diante de disputas comerciais com os Estados Unidos, durante o governo de Donald Trump, e os resultados econômicos recentes reforçam sua posição política.

Em um dos trechos, o Financial Times aponta que ações da direita brasileira acabaram fortalecendo Lula. “Gols contra da direita do Brasil também estão o ajudando. Alguns políticos conservadores pediram sanções dos EUA para punir o Brasil pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, mas a estratégia saiu pela culatra, já que Lula mobilizou a nação em torno dele”, destacou o jornal, que também citou a possibilidade de uma candidatura de Flávio Bolsonaro em 2026.

Além do cenário brasileiro, a lista de previsões do Financial Times aborda outros temas internacionais. O jornal aposta que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não abrirá mão da região de Donbas em um eventual acordo de paz com a Rússia, prevê dificuldades para os republicanos nas eleições do Congresso dos Estados Unidos e avalia que a atual valorização das empresas de inteligência artificial pode sofrer uma forte correção no mercado financeiro.

No balanço das previsões feitas no ano anterior, o Financial Times errou sete das 20 apostas, mas acertou, por exemplo, a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, reforçando o peso político e simbólico da lista publicada anualmente pelo jornal.

Sair da versão mobile