Geoffrey Rush, ator australiano de 67 anos, recebeu da Nationwide News, empresa que publica o tabloide “Daily Telegraph”, uma indenização por difamação equivalente a US$ 1,9 milhão (cerca de R$ 7,69 mihões).
De acordo com a BBC, essa foi a maior indenização já paga a uma só pessoa na Austrália. O jornal de Sydney o acusou de comportamento indevido em suas reportagens.
O Tribunal Federal da Austrália ordenou que o jornal pagasse o valor ao ator por danos passados e futuros. Uma porta-voz da empresa não respondeu de imediato a pedidos de comentário e o advogado de Rush não quis comentar.
O pedido inicial de indenização de Rush era de US$ 25 milhões.
Rush disse que os artigos publicados no “Daily Telegraph” foram feitos às pressas, porque o jornal queria inserir a Austrália no contexto do movimento #MeToo.
A publicação dos textos foi na mesma época do início das acusações de agressão sexual feitas contra o produtor de cinema norte-americano Harvey Weinstein.
O jornal havia dito que o ator foi acusado de conduta imprópria não especificada por uma colega de elenco da peça “Rei Lear”, encenada pela Sydney Theatre Company em 2015.
O ator, que recebeu um Oscar em 1997 por “Shine – Brilhante” e atuou na franquia “Piratas do Caribe”, disse que as reportagens insinuavam que ele era um “grande pervertido”.
Ao apresentar sua decisão, em abril, o juiz Michael Wigney classificou as reportagens como “temerariamente irresponsáveis” e “jornalismo sensacionalista do pior tipo”.
Neste mês, o jornal disse que existem 16 justificativas para apelação e que a conduta de Wigney “deu motivo para uma suspeita”.
Reuters