Após suspender calendário de futebol, federação chilena põe final da Libertadores em xeque

Um dia após suspender o calendário de futebol do Chile, o presidente da federação local (ANFP), Sebastián Moreno, pôs em dúvida a realização da final da Libertadores, a ser disputada entre Flamengo e River Plate, na capital do país, em 23 de novembro.

O dirigente reforçou o compromisso de receber em Santiago a decisão do torneio continental, organizado pela Conmebol, mas ponderou sobre a onda de protestos no país, que, desde o dia 18 deste mês, deixou ao menos 20 mortos e cerca de 1,4 mil feridos em meio a confrontos entre policiais e manifestantes.

— A Conmebol está sendo permanentemente informada sobra a situação do Chile. Há representantes deles em Santiago. O presidente (da Conmebol, Alejandro) Domínguez confirmou que haverá o jogo, e é importante que se jogue, mas também temos de estar cientes da situação nacional — disse Moreno.

Domínguez havia reafirmado na semana passada, em entrevista a uma rádio do Paraguai, onde está sediada a Conmebol, a intenção é de manter a finalíssima da competição em Santiago, no Estádio Nacional.

— Eles vão se recuperar do que estão vivendo — afirmou o dirigente na ocasião.

A intenção do cartola foi reforçada pela confederação em publicação no Twitter nesta terça.

No Chile, no entanto, todo o calendário de futebol profissional foi suspenso pela ANFP até a próxima segunda (2), prazo que poderá ser estendido a depender das condições de segurança no país, segundo explicou o presidente da entidade chilena.

— O futebol faz parte da engrenagem social do país, e não somos alheios ao que se vive no Chile. Estamos conversando com as autoridades. Ontem (segunda-feira) nos reunimos, e nos disseram que não há condições de termos jogos neste final de semana. Entendendo isso, suspendemos o calendário — afirmou Moreno.

— A avaliação é permanente, dia após dia. Quando houver condições, a ideia é retomar o futebol, mas não a qualquer custo — completou o dirigente.

Os atos no Chile tiveram início devido a um aumento de 3,75% no valor da tarifa de metrô. O presidente do país, Sebastián Piñera, tentou voltar atrás e cancelar o reajuste, mas a medida não conteve os protestos, que ganharam novas reivindicações, com críticas ao sistema de aposentadoria, ao aumento da desigualdade e à falta de serviços públicos.

Fonte: ZH

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