Fim do silêncio: após anos de perseguição e problemas com a Justiça, Folha entrevista Toninho Lins

Toninho é a força política que pode vencer Gilberto Gonçalves

Kléverson Levy – Especial para Folha de Alagoas

O nome do ex-prefeito de Rio Largo, Toninho Lins (PSB), veio à tona com uma possível pré-candidatura à prefeitura do município e na sexta, 12/6, ele quebrou o silêncio após uma série de problemas com o Poder Judiciário, que durou anos, em entrevista ao programa Folha na TV, ancorado pelo jornalista Cícero Filho e transmitido pelo canal 12 da NET. Sem papas na língua, Toninho falou de um consórcio para lhe tirar do poder, seu futuro político, a vivência na fé cristã, o trabalho que desenvolve com pesquisa e consultoria eleitoral, entre outros temas.

Filiado ainda no PSB, “de Miguel Arraes”, que ele fez questão citar, desde os anos 90. Toninho destacou a possibilidade de retornar ao mundo político rio-larguense. O nome do ex-prefeito é um dos assuntos mais comentados na cidade e sua possível candidatura segue bem avaliado num páreo contra o atual prefeito Gilberto Gonçalves e os demais pré-candidatos.

Para milhares de munícipes, Toninho é hoje a única força política capaz de vencer Gilberto Gonçalves. Durante a entrevista, Cícero foi enfático e questionou sobre seu futuro político:  Toninho, convertido no protestantismo, disse que “até agora não recebeu nenhuma confirmação de Deus para ser candidato”. “Não descarto essa possibilidade. Estou reconstruindo minha vida, com a minha esposa, meus filhos e minha mãe. A decisão final vai ficar mais para frente”, desconversou.

O ex-prefeito disse que mantém uma boa relação com deputado federal João Henrique Caldas, o JHC, presidente do PSB em Alagoas, e que já ocupou cargos nacionais no partido. Toninho não ver dificuldade de dialogar com ninguém da sigla. Vale salientar que o PSB já conta com um pré-candidato em Rio Largo, Pedro Victor, que foi derrotado por Gilberto no último pleito.

O ex-prefeito avaliou que há muitas frentes rivalizando o pleito e apenas a união de algumas delas teriam chances de vitória contra a situação. “Não digo a união de todos, porque isso é quase impossível em Rio Largo, mas há grupos que podem chegar a um entendimento”. Com residência fixa em Rio Largo, Toninho declarou seu amor pelo município e disse que ali é o lugar que resolveu viver com sua família independente de política.

Quando perguntado sobre a gestão do atual prefeito Gilberto Gonçalves, ele colocou: “governo do Gilberto é uma grande tragédia”. Toninho disse ainda que atual gestão teve a maior quantidade de recursos para trabalhar, em relação a outros anos, mas em Rio Largo não se ver uma grande obra, um grande feito.

Rejeição

O certo é que GG – “Quero meu dinheiro” – não vai agradando aos munícipes que andam insatisfeitos com perseguições, má-administração, tropeços administrativos e promessas não cumpridas desde a eleição de 2016.

Pegando ‘gancho’ nessa linha de administração implantada por Gilberto Gonçalves, visto que, Toninho Lins ainda agrada uma boa parte do eleitorado de Rio Largo, aliados do ex-prefeito enxergaram um cenário político com chances de seu retorno.

Além disso, os considerados ‘admiradores’ acreditam ainda que Toninho foi “injustiçado ao ser afastado do cargo quando era prefeito, foi perseguido politicamente, condenado parcialmente pela Justiça e seu retorno à política em 2020 seria o momento de mostrar que houveram equívocos em sua passagem pelo Executivo municipal”.

Sobre essa perseguição Toninho também falou na entrevista, que houve a participação do Poder Judiciário e figurões da política, tudo com intuito de tirar seu mandado. A entrevista na íntegra, exclusiva, você pode assistir no www.folhadealagoas.com.br.

Em 2012, em sua reeleição, Toninho Lins obteve 25,78% do eleitorado (9.449 dos votos válidos) e conquistou o Executivo numa disputa com mais quatro candidatos. À época, o hoje ex-prefeito estava afastado do cargo, concorreu com a vice-prefeita e reconquistou a cadeira de prefeito no voto popular.

Toninho segue servindo ao seu Deus e ministrando em igrejas evangélicas. Seu futuro político é inserto e ele segue como um dos personagens, recentes, mais amados e odiados da política da Terra dos Marechais.

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