A brevidade da existência está cada vez posta com o advento da pandemia do coronavírus. São pais perdendo filhos; filhos perdendo pais. Amigos dando adeus sem uma celebração digna, familiares partindo e nós seguimos refletindo sobre o mal que essa doença traz, sobretudo, para alma.
Alguma lição a de ficar!
É preciso.
A velocidade do mundo global, as tecnologias, o trabalho excessivo, a série de compromissos, sem fim, colocaram os bens mais preciosos em segundo plano.
Afinal, qual sentido da vida?
Para onde vamos?
Quem de fato realmente somos?
As respostas são das mais diversas: no campo religioso, filosófico, materialista, há uma infinidade de colocações.
Mas há uma verdade objetiva, prática: continuamos sendo escravos de um sistema que é ditado pelo capital do consumo, do ter e não do ser.
É preciso trabalhar seis dias na semana para gozar apenas um de descanso (descanso não, para nos reabilitarmos fisicamente para seguir com a escravidão da segunda-feira).
Trabalhamos 10,12 horas por dia, entre locomoção, planejamento, o implacável e importuno whatssap, onde os chefes, esses feitores malditos, se acham na condição de nos importunar a hora que quiser.
É camarada. Estamos presos no sistema. Ele é implacável. Ele é soberano. Ele escraviza.
Estamos longe dos nossos amores, estamos distantes das nossas paixões e o que se vê diariamente é o adeus trágico do fim…
Crie suas alternativas para uma vida menos corrida. Lute para ter qualidade de vida. Coma quando tiver fome, ame com tesão, seja feliz por vocação!
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