Denúncia que crianças receberam vacinas impróprias será investigada por conselhos de saúde

Redação

Conselhos de Saúde comunicaram, nesta quinta-feira (20), que vão apurar a denúncia de que foram aplicadas vacinas contra a Covid-19 impróprias em crianças. Somente em Alagoas o número abrange 300 crianças, segundo dados da Advocacia-Geral da União (AGU).

A investigação será feita pelos Conselhos Nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). De acordo com a AGU, 57.147 doses para adultos foram ministradas em adolescentes ou crianças pelo país.

Na nota, os conselhos destacaram que o fato deve ser devidamente checado, mas citaram também a instabilidade no sistema do Ministério da Saúde, que passou mais de 30 dias com problema.

“Em mais de 300 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 já aplicadas, é possível que tenham ocorrido erros como os listados na denúncia. Tanto podem ser erros de digitação, ou erros dos próprios sistemas de informação, o que impõe cautela e discernimento para a verificação de tais situações”, diz a nota das entidades.

Após a denúncia vir à tona, o secretário de Saúde de Alagoas, Alexandre Ayres, demonstrou surpresa e acredita que o erro se deve à alimentação do sistema.

“Está claro, inequívoco, que há erro de alimentação do sistema. Há erro de registro, há erro humano, no registro. Nós temos outras suspeitas, que não podem ainda ser confirmadas, mas os nossos técnicos, ao abrirem alguns dados de algumas crianças alagoanas, identificaram registros ao mesmo tempo de crianças que teriam sido, supostamente, vacinadas no interior de Alagoas, no interior de São Paulo e no interior do Rio Grande do Sul. A mesma criança, um recém nascido”, argumentou Ayres, em entrevista à TV Pajuçara.

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