Impasse em contrato da Usina Uruba pode deixar 5 mil desempregados

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Redação*

Uma insegurança jurídica ameaça o emprego de cerca de 5 mil pessoas. Um impasse na renovação do contrato de arrendamento da Usina Uruba, em Atalaia, pode ocasionar nesse quantitativo de desempregados diretos e indiretos.

A Uruba, pertencente à massa falida do Grupo Laginha Agro Industrial, vive essa incerteza de funcionamento, já que o problema no acordo contratual inviabilizaria a atuação da Cooperativa Agrícola do Vale do Satuba (Copervales).

Devido ao ciclo da cana-de-açúcar, a cooperativa precisará fazer investimentos de aproximadamente R$ 30 milhões, somente na área agrícola da usina arrendada.

A aplicação do montante, no entanto, só se torna viável para os produtores de cana caso haja garantia de continuidade das atividades.

A Copervales já investiu R$ 46 milhões na área industrial arrendada, recuperando o patrimônio da massa falida, que estava deteriorado.

Os produtores rurais temem que, sem os investimentos necessários para a recuperação da terra e o replantio da cana-de-açúcar, a produção da cooperativa na Usina Uruba sofra uma queda significativa e torne a atividade inviável.

O fechamento da usina poderia provocar um colapso econômico, visto que a cooperativa gera 2 mil empregos diretos e 3 mil empregos indiretos, com consequências sociais em 20 municípios do Vale do Satuba, Paraíba e Mundaú.

“Um investimento na ordem de R$ 30 milhões exige segurança jurídica e garantia de que as atividades terão continuidade no curto e médio prazo. A Copervales pagou à massa falida, até agora, algo em torno de R$ 43 milhões pelo arrendamento da Uruba, além de ter investido cerca de R$ 46 milhões na conservação do patrimônio. Do ponto de vista econômico e social, a Copervales tem se mostrado viável e relevante para a região”, explica o advogado Yuri Pontes.

Apesar do temor dos produtores rurais, Yuri Pontes ressalta que confia na atuação da comissão de juízes.

“Sabemos que, se o interesse social e a preservação do patrimônio da massa falida forem considerados, os entraves jurídicos serão superados. Portanto, confiamos que haverá segurança jurídica para que os investimentos necessários sejam feitos e os empregos gerados pela cooperativa preservados”, concluiu o advogado.

*com Assessoria

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