Focuarte critica lei que declara brega funk como patrimônio cultural de Alagoas

Divulgação/Arquivo

Redação

O gênero musical brega funk agora é patrimônio cultural imaterial de Alagoas, após o governador em exercício, José Wanderley, sancionar a Lei 8.757, na semana passada. A medida foi duramente criticada pelo Fórum de Cultura Popular e do Artesanato Alagoano (Focuarte).

Segundo o Focuarte, o brega funk é genuinamente da cidade do Recife e não contribui, ainda, para a formação cultural, social e religiosa do povo alagoano pelo seu pouco tempo no cenário musical brasileiro. Por isso, o fórum pede que o governador Paulo Dantas e a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) intervenham na execução dessa lei.

A matéria foi de autoria do deputado Ronaldo Medeiros (PT). Na justificativa, o parlamentar citou a origem pernambucana, mas também disse que o ritmo cresceu e ganhou muita popularidade por todo o Norte e Nordeste. Também destacou que esse tipo gênero foi importante para enfrentar o isolamento social com menos exaustão durante a pandemia da Covid-19.

Ele atendeu a requerimento protocolado por Tereza Cristina Moura, que argumentou diversos pontos sobre a importância de reconhecer a relevância do brega funk em Alagoas. Com isso, Medeiros considerou como justa e merecida a homenagem, conseguindo a aprovação do projeto com votos favoráveis dos colegas de Legislativo.

Para o Focuarte, no entanto, o projeto não valorizou as tradições populares dos alagoanos. “Ao contrário, ajudou na desvalorização daquilo que nós chamamos de ‘alagoanidade’. Há muitas manifestações da cultura popular que precisam ser validadas. Atualmente, há cerca de 10 manifestações em Alagoas, além do Guerreiro, que só existem em nosso Estado”, acrescentou.

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