Senador entra com ação popular contra compra do Hospital do Coração

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Leonardo Ferreira

Nesta terça-feira (24), o senador Renan Calheiros (MDB) ingressou com uma ação popular contra o prefeito de Maceió, JHC (PL), pela compra do Hospital do Coração por R$ 266 milhões.

Entre vários pontos, é pedido o bloqueio imediato da operação e dos valores já pagos. O emedebista cita que a unidade hospitalar foi comprada sem licitação e sob suspeita de superfaturamento em mais de R$ 150 milhões. “Cada leito saiu por 3,5 milhões e o preço correto seria 1,5 milhão”, diz Renan.

Trata-se de mais uma ação contra o futuro Hospital da Cidade, a ser inaugurado sob a gestão municipal em 2024. Antes, o próprio Renan já havia entrado no Ministério Público de Alagoas (MPAL), que solicitou autorização da Justiça para investigar se a Prefeitura seguiu critérios legais para a compra do hospital.

Ao mesmo tempo, vereadores do MDB pediram ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) a apuração da negociação, citando o valor, a inconstitucionalidade e a ilegalidade da operação envolvendo o hospital adquirido por desapropriação.

Outro lado

Além de investir forte na divulgação midiática do primeiro hospital público gerido pela administração da capital alagoana, a Prefeitura de Maceió, nesta terça-feira (24), lançou um site sobre a unidade com o objetivo de mostrar a transparência administrativa.

Nesse portal, é possível observar alguns arquivos. Um deles mostra informações técnicas a partir do estudo de vantajosidade e dos laudos de avaliação, comparando a compra do Hospital do Coração com outras unidades adquiridas pela rede privada ou feitas pelo Estado.

Somados o prédio equipado e o centro médico não equipado, a Prefeitura diz que pagou R$ 8.910,38 por metro quadrado. Na comparação, a Rede D’Or pagou R$ 28.360,03 por metro quadrado quando comprou o Hospital Arthur Ramos em 2021.

Afirma ainda que vai economizar R$ 1.933,38 por metro quadrado quando analisa a construção do novo Hospital Unimed, cujo investimento total é de R$ 215 milhões.

Além disso, o documento cita os valores gastos pelo governo estadual no Hospital Metropolitano de Maceió, com a correção monetária, e no Hospital Metropolitano do Agreste, este ainda em construção.

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