O ex-deputado federal e líder do Cidadania em Alagoas, Régis Cavalcante, assumiu nesta quarta-feira (6) o comando da Agência de Desenvolvimento da Pesca, Aquicultura e Apicultura de Alagoas (Adepa), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri).
A nomeação saiu no Diário Oficial do Estado (DOE). A agência, criada em junho do ano passado pelo governador Paulo Dantas, vai executar e operacionalizar a política de desenvolvimento e fomento aos setores da indústria vinculada à cadeia produtiva da pesca, aquicultura e apicultura.
Será ainda responsável pela produção energética de matrizes renováveis provenientes de sistemas de cultivos marinhos (microalgas e macroalgas); da biotecnologia de biomassa de algas; do comércio de pescados, mariscos, crustáceos e algas marinhas; dos serviços de apoio à pesca, à aquicultura e à apicultura; do turismo sustentável; da mineração sustentável da coluna de sais solúveis do mar; do agronegócio; da agricultura familiar e de base tecnológica e inovação no Estado de Alagoas.
“A Adepa tem a finalidade de executar políticas públicas destinadas à promoção do ordenamento pesqueiro e aquícola. A inovação tecnológica limpa e a estruturação, sobretudo, das cadeias produtivas da aquicultura e apicultura. Para isso, a gente vai poder promover e organizar os negócios no campo de uma visão sustentável”, afirmou Régis.
“Nós vamos trabalhar com a visão que essa cadeia possa ter oportunidade de distribuição, com potencial de exportação e, sobretudo, também a remediação de impactos ambientais, sobretudo dos efeitos climáticos. Por exemplo, quando você trabalha a questão da própolis vermelha, com a proteção dos manguezais, sobretudo a planta rabo-de-bugio, que produz a própolis vermelha, então nós estamos protegendo o manguezal e diminuindo esse impacto ambiental, sobretudo numa era em que a ocupação desordenada do litoral, das restingas está em grande escala”, disse.
Régis pontuou ainda que a Adepa atuará no âmbito da promoção, da articulação e do fomento de projetos com base no modelo de uma governança social e ambiental.
“Vamos trabalhar com essa visão de produção de pescados no semiárido, a questão da utilização da água salobra no Agreste e no Sertão, além da produção de camarões; e vamos viabilizar uma alimentação que diminua o custo dessa criação de camarões porque a ração é um item caro que onera a produção. Estamos trabalhando com esses setores, incentivando essa cadeia que está se desenvolvendo muito no estado”, explicou.
“Outra ação que vamos promover é a produção de biomassa de macroalgas a partir das próprias fontes de águas. Para isso a gente vai precisar de autorização dos órgãos ambientais, e já estamos trabalhando nessa concepção. Estamos buscando parceiros antes mesmo da própria estruturação oficial, que começa a partir de hoje com essa nomeação. A gente já vinha trabalhando nessas ações porque nós precisamos que esse biorefinamento seja uma realidade em Alagoas, com projetos que possam ajudar a agropecuária, a farmacêutica, a linha de cosméticos e combustíveis de energia renovável”, acrescentou.
/Agência Alagoas
