Mães denunciam descaso da gestão JHC com alunos PCD

Fotos: Reprodução

Natália Barros

Na manhã desta quarta-feira (22), mães de alunos da Creche Suzana Palmeira e Escola Pio X, no Prado, se reuniram na porta da Secretaria Municipal de Educação (Semed) para denunciar a falta de ônibus escolares para seus filhos PCD [Pessoa com Deficiência].

Um dos alunos está há cinco meses sem frequentar a escola, depois que o elevador do veículo quebrou. Segundo a mãe, a criança tem paralisia cerebral e dificuldade de locomoção e necessita de recursos de acessibilidade para utilizar o transporte.

“Ele precisa do elevador para subir, então o elevador quebrou no ano passado, já no finalzinho para terminar as aulas. As aulas voltaram esse ano e o elevador não foi para o conserto. O ônibus está a 5 meses sem ir buscar ele, eu fiquei aguardando o conserto do ônibus e aí eu vi que o ônibus estava funcionando, levando as outras crianças e só não estava indo meu filho porque era especial que dependia do elevador”, declarou Rosa, indignada. 

A mãe procurou a Defensoria Pública, que deu um prazo de cinco dias para a Semed resolver o caso. Após 10 dias, ainda sem resposta, ela entrou em contato com o responsável pelo transporte, que pediu o endereço da criança e alegou que o veículo estaria no conserto. 

No entanto, outras mães afirmam ter visto o ônibus transportando crianças que não são PCD, ou seja, Rosa questiona à Secretaria Municipal de Educação sobre a ausência de retorno da pasta.

O problema se estende para outras unidades de ensino. Segundo a mãe de uma estudante da Creche Suzana Palmeira, sua filha não vai à creche há duas semanas. Ela afirma que a justificativa é a mesma: de que o ônibus está quebrado. 

“Eles informaram que o ônibus estava quebrado, que estava no conserto, na garagem, aí depois informaram a gente que ele ia passar mais uma semana, porque a Semed estava precisando de mais recursos para consertar o restante dos ônibus”, explicou. 

As mães lamentam a situação e cobram prioridade nessa questão dos transportes escolares, já que seus filhos estão impedidos de ir à escola e elas não receberam, até agora, uma previsão de retorno por parte da secretaria. 

“A gente está vendo as propagandas, (a prefeitura) gasta em coisas fúteis, e as crianças da gente aqui sem esperança de estudo. A prioridade seria o futuro do nosso estado, do nosso Brasil, porque uma pessoa com uma educação alinhada é um cidadão com futuro pleno, né?”. 

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